Ciclista da W52-FC Porto confessou ficar "bastante nervoso" por assistir à prova na televisão
Por: Lusa
Foto: Instagram Rui Vinhas
Rui Vinhas está a pedalar por
fora na 82.ª Volta a Portugal, confessando ficar "bastante
nervoso" ao assistir às
incidências da corrida a partir da televisão, por não poder ajudar os seus
companheiros da W52-FC Porto.
Não é inédito, mas quase: na
última década, esta é a apenas a terceira vez que o dragão falha a prova que
ganhou em 2016. Por isso, Rui Vinhas juntou-se ao campeão nacional de fundo,
José Neves, os dois muniram-se de bicicleta e equipamento e, nas etapas mais
importantes, como a da Torre, ou nas mais perto de casa, lá estão eles a apoiar os seus colegas.
"Fico
um bocadinho triste de não estar na Volta, mas compreendo a situação. Somos uma
equipa com bastante qualidade, em que temos vários atletas fortes. Eu,
juntamente com o José Neves, competi muito durante o ano e, se calhar, ia
acusar fadiga na Volta. Compreendo a decisão do diretor e acho que escolheu a
melhor equipa para esta edição", reconhece, em declarações à
agência Lusa.
Momentos antes, Vinhas, equipado
a rigor e a observar o autocarro da W52-FC Porto do lado de fora da bolha da
Volta a Portugal, brincava que, se o deixassem, entraria já hoje na corrida que
lhe "diz muito".
"Todos
os portugueses querem estar presentes [na Volta]. Tenho de encarar a ausência
da melhor forma e trabalhar para o que ainda falta da temporada",
reforça.
O campeão de 2016 assume que
fica "bastante nervoso" ao
ver a competitividade entre os seus colegas e outras equipas, "que estão
muito fortes", referindo-se implicitamente à Efapel, que já venceu quatro
etapas e lidera a 82.ª edição com Rafael Reis.
"É
um sentimento diferente, mas sofro tanto na estrada como no sofá. Mas em casa
sofre-se bastante, porque conseguimos ver todos os pormenores da corrida, o que
não acontece na estrada. Em casa, vemos algumas decisões e alguns erros que se
cometem e ficamos muito mais ansiosos, à espera que termine da melhor forma. E
custa bastante. Uma pessoa gosta de ganhar, como é obvio, e enerva-se sempre um
bocadinho", revela.
Dominadora absoluta das
últimas oito edições, a estrutura da W52-FC Porto está este ano a enfrentar
sérias dificuldades para impor a sua lei - Amaro Antunes é terceiro na geral, a
33 segundos de Reis, e a equipa ainda não venceu qualquer etapa, mas, para
Vinhas, revalidar o título "não está
difícil".
"Os
adversários estão melhores. Este ano a corrida está mais em aberto, mas acho
que há fortes probabilidades de conseguirmos a vitória ainda", defende.
Para o
ciclista de 34 anos, o uruguaio Mauricio Moreira, 10.º da geral a 01.29 minutos
da amarela, é o adversário que "está a mostrar uma grande capacidade
física".
"Também
temos ali o Fred [Figueiredo], que está bem posicionado. Eles [Efapel] também
têm uma equipa de trabalho bastante forte, mas acho que nós estamos no mesmo patamar
deles e está tudo em aberto. Acredito que a nossa equipa vai surpreender um
dia", prevê.
Incentivado a dizer quem
subirá ao pódio no domingo, em Viseu, como vencedor da 82.ª Volta a Portugal,
Vinhas escolhe a via politicamente correta, sem eleger um nome.
"Se
puder optar por dois... ou três... temos o João [Rodrigues], o Amaro [Antunes]
e o Joni Brandão, mas também há o Abner [González] e o Mauricio, que estão em
excelente forma", enumera.
Fonte: Record on-line
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