Edição deste ano da Volta a França arranca a 29 de agosto e termina a 20 de setembro
Por: Lusa
Chris Froome não estava
confiante de que poderia fazer "o trabalho necessário" na Volta a
França, reconheceu esta quarta-feira o britânico, depois de ter ficado de fora
da equipa INEOS para a prova francesa que venceu quatro vezes.
"Definitivamente, é uma
readaptação para mim - mudar as minhas balizas da Volta a França para a Volta a
Espanha -, mas penso que, tendo em conta aquilo que passei no último ano, tive
uma grande recuperação de uma queda má, e sou um sortudo por já estar a
correr", analisou, num vídeo publicado pela INEOS.
Apesar do progresso feito
desde a terrível queda no Critério do Dauphiné, em junho do ano passado, que o
obrigou a uma paragem de oito meses, Froome admitiu "não estar confiante
de que poderia realizar o trabalho necessário" à equipa na edição deste
ano da Volta a França, que arranca em 29 de agosto e termina em 20 de setembro,
em Paris.
"Penso que é muito mais
realista apontar à Vuelta, o que me dá a oportunidade de almejar um objetivo
que realmente é possível", completou o ciclista que, no final da
temporada, trocará a INEOS pela Israel Start-Up Nation.
Chris Froome, de 35 anos,
venceu a Volta a França em 2017, 2016, 2015 e 2013, sendo o único ciclista a
ter quatro triunfos na prova francesa. O britânico está a apenas uma vitória de
entrar no lote de recordistas da 'Grande Boucle' e de juntar-se aos franceses
Jacques Anquetil e Bernard Hinault, ao belga Eddy Merckx e ao espanhol Miguel
Indurain, os únicos com cinco triunfos.
Em julho, quando anunciou a saída no final da época da equipa onde esteve durante uma década, Froomey garantiu que o seu foco estava "em ganhar uma quinta Volta a França com a INEOS".
Esta quarta-feira, no entanto,
a formação britânica, que venceu sete das últimas oito edições da Grande
Boucle, deixou Froome de fora do seu oito para a 107.ª edição do Tour,
estabelecendo como meta para o experiente ciclista a Volta a Espanha, prova que
este já venceu em 2017 e 2011, e que este ano decorre entre 20 de outubro e 8
de novembro.
Ainda mais surpreendente do
que a exclusão do tetracampeão terá sido a de Geraint Thomas, vencedor em 2018
e segundo classificado no ano passado, que tem como novo objetivo a Volta a
Itália, entre 3 e 25 de outubro.
Ao contrário do seu
companheiro, o galês foi mais incisivo no comentário à ausência do Tour:
"É bom ter, finalmente, um plano firme e saber exatamente o que vou fazer,
de modo a poder retirar algo de positivo deste ano".
No vídeo, Thomas prossegue
recordando que, em 2017, quando liderou a formação britânica no Giro, estava
"em grande forma", equiparável à de quando venceu o Tour, mas teve
azar ao cair.
"Por isso, sempre quis
regressar. Gosto da forma de correr lá, adoro correr em Itália, a estrada, os
fãs e a comida. É uma prova de que sempre gostei e à qual desejava voltar e é
esse o plano agora", rematou.
Já o colombiano Egan Bernal, o
vencedor do Tour do ano passado e o líder da INEOS para esta edição da Grande
Boucle, admitiu que uma Volta a França sem Froome e Thomas será
"estranha".
Depois de muita especulação -
nos últimos dias, chegou a dar-se como certa a ausência de Bernal, por lesão -,
a INEOS alinhará com o colombiano de 23 anos, o equatoriano Richard Carapaz,
vencedor do Giro em 2019, o costa-riquenho Andrey Amador, o espanhol Jonathan
Castroviejo, o polaco Michal Kwiatkowski, o britânico Luke Rowe, o russo Pavel
Sivakov e o holandês Dylan van Baarle.
Fonte: Record on-line
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