“Nunca houve qualquer problema
interno, esse rumor teve sempre graça”, disse Servais Knaven.
A saída do ciclista Chris
Froome da INEOS não acontece devido a problemas internos na equipa, assegurou
hoje Servais Knaven, um dos diretores dos britânicos, que têm os últimos dois
vencedores da Volta a França nas suas fileiras.
“Nunca houve um problema
interno, esse rumor teve sempre graça”, disse Knaven ao portal holandês NU.nl.
Aquele diretor negou assim que
o motivo que levou à saída do quatro vezes vencedor do Tour da INEOS, após uma
década na equipa, tenha sido uma alegada disputa pela liderança com o jovem
Egan Bernal, que no ano passado se tornou no primeiro colombiano a vencer a
Volta a França, ou com o galês Geraint Thomas, vencedor da ‘Grande Boucle’ em
2018, uma teoria que alimentou muitos ‘sites’ especializados nas últimas
semanas.
“É muito importante que seja claro: todas as
perguntas sobre a sua [de Froome] saída da equipa estão resolvidas e isso é
bom, já que nos poderemos concentrar completamente na próxima Volta a França”,
acrescentou.
No entanto, segundo Servais
Knaven, o anunciado ‘divórcio’ entre o ciclista britânico, de 35 anos, e a
INEOS, e a mudança de ‘Froomey’ para a Israel Start-Up Nation, com data marcada
para o final da temporada, não alterou os planos que a poderosa formação
britânica tinha para o o corredor que venceu quatro voltas a França (2017,
2016, 2015 e 2013).
“A saída do Froome não mudará
o seu papel [no Tour]. Não vejo nenhuma razão para que mude. Vai deixar-nos
este ano, mas não há qualquer diferença”, argumentou.
Na sua ‘nota de despedida’
daquela que foi a sua equipa desde 2010 – integrou a estrutura inicial da
mesma, ainda quanto Sky -, o britânico defendeu isso mesmo, assumindo que o seu
foco estava “em ganhar uma quinta Volta a França com a INEOS”.
Froome vai representar a
Israel Start-Up Nation (Israel) até ao final da carreira, anunciou na
quinta-feira a equipa israelita, momentos depois de a INEOS confirmar a saída
do quatro vezes vencedor da Volta a França.
A equipa israelita e “o
lendário campeão” vão assinar um contrato a longo prazo, em 01 de agosto, que,
segundo o comunicado, levará a que Froome envergue “a camisola azul e branca da
Israel Start-Up Nation até ao final da sua ilustre carreira”.
“O Chris é o melhor ciclista
da sua geração e vai liderar a nossa equipa na Volta a França e nas grandes
voltas. Esperamos fazer história em conjunto, uma vez que o Chris persegue
novos triunfos no Tour e nas grandes voltas, feitos que tornariam muito
provável que o Chris fosse considerado o melhor ciclista de sempre”, assumiu um
dos donos da equipa Sylvan Adams.
O britânico, nascido no
Quénia, está a apenas uma vitória de entrar no lote de recordistas da ‘Grande
Boucle’ e de se juntar aos franceses Jacques Anquetil e Bernard Hinault, ao
belga Eddy Merckx e ao espanhol Miguel Indurain, os únicos com cinco triunfos.
Além das vitórias na Volta a
França, Froome é um dos sete ciclistas – e um de dois no ativo (o outro é
Vincenzo Nibali) – a ter vencido as três grandes voltas: conquistou a Vuelta em
2017 e 2011 e o Giro em 2018.
Fonte: Sapo on-line
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