sexta-feira, 10 de agosto de 2018

“Volta a Portugal/Rivais de Alarcón ainda acreditam na amarela antes da Senhora da Graça”

A 52 segundos do vencedor de 2017, Jóni Brandão diz que está “tudo em aberto”, considerando que a nona etapa “ainda não é tudo ou nada”, porque ainda há o contrarrelógio de Fafe.

O ciclista português Jóni Brandão (Sporting-Tavira) e o espanhol Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano) disseram hoje ainda acreditar que podem tirar a amarela ao espanhol Rául Alarcón (W52-FC Porto), na véspera da subida à Senhora da Graça.

Os 155,2 quilómetros da nona e penúltima etapa da Volta a Portugal em bicicleta, entre Felgueiras e a Senhora da Graça, em Mondim de Basto, serão a última oportunidade para atacar a liderança de Alarcón, antes do contrarrelógio final no domingo.

A 52 segundos do vencedor de 2017, Jóni Brandão diz que está “tudo em aberto”, considerando que a nona etapa “ainda não é tudo ou nada”, porque ainda há o contrarrelógio de Fafe.

“São duas etapas que vão acabar por definir a Volta a Portugal. Espero ter força para vencer esta Volta a Portugal”, admitiu, após o final da oitava etapa, entre Barcelos e Braga (147,6 quilómetros).

A tirada mais curta da 80.ª edição da Volta foi ganha por Vicente García de Mateos, que, contudo, não conseguiu recuperar tempo em relação ao vencedor de 2017, que tem 1.41 minutos de avanço sobre o compatriota.

Considerando que “não há outra hipótese” que não seja atacar a corrida, o espanhol diz que tem de “dar tudo até ao último dia”.

“Amanhã [sábado] vamos pegar na corrida e deixar o que pudermos na estrada”, garantiu.

Consciente de que os adversários o vão atacar no sábado, numa etapa “muito dura” e “num momento decisivo” da prova, Alarcón diz que o principal objetivo é “tentar manter o tempo” de avanço, sem descartar um ataque.

“O objetivo é manter o tempo que tenho. Se conseguir mais, melhor”, afirmou.

Os diretores desportivos das duas principais opositoras da W52-FC Porto também ainda acreditam que podem chegar à amarela, com Vidal Fitas, do Sporting-Tavira, a considerar que, “ao fim de dez dias de corrida, com a dureza que a etapa tem, tudo pode acontecer”.

“As diferenças não são grandes, mas são difíceis de recuperar, mas depois destes dias todos, com o cansaço acumulado que há, num mau momento que se passe os segundos transformam-se em minutos. Pode ser a nosso favor, mas também pode ser contra nós. Amanhã [sábado] vai ser um grande espetáculo de ciclismo, acima de tudo”, afirmou.

Vidal Fitas diz que é impossível montar um plano único para uma etapa destas, porque depende de muita coisa e, sobretudo, de como os ciclistas “tiverem as pernas”, considerando que estes dias são “uma incógnita”.

Jorge Piedade, diretor desportivo do Aviludo-Louletano, diz a sua equipa já fez “uma grande Volta a Portugal”, com as duas vitórias de De Mateos, mas promete lutar ainda pela amarela.

“É lógico que vamos para a luta, não vamos ficar de braços cruzados. Vamos fazer tudo por tudo para chegar à camisola amarela”, referiu.

A ligação entre Felgueiras e o Monte Farinha, em Mondim de Basto, terá este ano uma dureza suplementar com três contagens de montanha de primeira categoria nos derradeiros 80 quilómetros, a última das quais a coincidir com a meta.

Fonte: Sapo on-line

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