O ciclista português Jóni
Brandão (Sporting-Tavira) e o espanhol Vicente García de Mateos
(Aviludo-Louletano) disseram hoje ainda acreditar que podem tirar a amarela ao
espanhol Rául Alarcón (W52-FC Porto), na véspera da subida à Senhora da Graça.
Os 155,2 quilómetros da nona e
penúltima etapa da Volta a Portugal em bicicleta, entre Felgueiras e a Senhora
da Graça, em Mondim de Basto, serão a última oportunidade para atacar a
liderança de Alarcón, antes do contrarrelógio final no domingo.
A 52 segundos do vencedor de
2017, Jóni Brandão diz que está “tudo em aberto”, considerando que a nona etapa
“ainda não é tudo ou nada”, porque ainda há o contrarrelógio de Fafe.
“São duas etapas que vão
acabar por definir a Volta a Portugal. Espero ter força para vencer esta Volta
a Portugal”, admitiu, após o final da oitava etapa, entre Barcelos e Braga
(147,6 quilómetros).
A tirada mais curta da 80.ª
edição da Volta foi ganha por Vicente García de Mateos, que, contudo, não
conseguiu recuperar tempo em relação ao vencedor de 2017, que tem 1.41 minutos
de avanço sobre o compatriota.
Considerando que “não há outra
hipótese” que não seja atacar a corrida, o espanhol diz que tem de “dar tudo
até ao último dia”.
“Amanhã [sábado] vamos pegar
na corrida e deixar o que pudermos na estrada”, garantiu.
Consciente de que os
adversários o vão atacar no sábado, numa etapa “muito dura” e “num momento
decisivo” da prova, Alarcón diz que o principal objetivo é “tentar manter o
tempo” de avanço, sem descartar um ataque.
“O objetivo é manter o tempo
que tenho. Se conseguir mais, melhor”, afirmou.
Os diretores desportivos das
duas principais opositoras da W52-FC Porto também ainda acreditam que podem
chegar à amarela, com Vidal Fitas, do Sporting-Tavira, a considerar que, “ao
fim de dez dias de corrida, com a dureza que a etapa tem, tudo pode acontecer”.
“As diferenças não são
grandes, mas são difíceis de recuperar, mas depois destes dias todos, com o
cansaço acumulado que há, num mau momento que se passe os segundos
transformam-se em minutos. Pode ser a nosso favor, mas também pode ser contra
nós. Amanhã [sábado] vai ser um grande espetáculo de ciclismo, acima de tudo”,
afirmou.
Vidal Fitas diz que é
impossível montar um plano único para uma etapa destas, porque depende de muita
coisa e, sobretudo, de como os ciclistas “tiverem as pernas”, considerando que
estes dias são “uma incógnita”.
Jorge Piedade, diretor
desportivo do Aviludo-Louletano, diz a sua equipa já fez “uma grande Volta a
Portugal”, com as duas vitórias de De Mateos, mas promete lutar ainda pela
amarela.
“É lógico que vamos para a
luta, não vamos ficar de braços cruzados. Vamos fazer tudo por tudo para chegar
à camisola amarela”, referiu.
A ligação entre Felgueiras e o
Monte Farinha, em Mondim de Basto, terá este ano uma dureza suplementar com
três contagens de montanha de primeira categoria nos derradeiros 80
quilómetros, a última das quais a coincidir com a meta.
Fonte: Sapo on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário