Ivo
Oliveira fez uma corrida de ataque durante a prova de scratch do Campeonato da
Europa de Pista, em Glasgow, mas não viu o esforço compensado, terminando na
15.ª posição.
O
corredor português tentou surpreender os adversários com múltiplas
movimentações, ao longo das 60 voltas – 15 quilómetros de corrida -, mas foi
sempre um dos homens mais marcados, nunca lhe sendo dada grande margem nem
sequer colaboração nas fugas.
Ivo
Oliveira demonstrou uma condição física invejável, mas não conseguiu
transformá-la em resultado, porque as iniciativas que encetou não tiveram
sucesso. Ao contrário, o ucraniano Roman Gladysh e o francês Adrien Garel
souberam aproveitar uma altura de adormecimento do pelotão, isolando-se de
muito longe para terminarem a corrida na frente. O ouro foi para o ucraniano e
a prata para o gaulês. O suíço Tristan Marguet fechou o pódio.
“Foi
uma corrida muito intensa desde o início. O Ivo tentou ganhar uma volta no
primeiro terço da corrida, gastando aí algumas energias. Mais à frente voltou a
sair do grupo principal, batendo-se por uma posição no pódio. Esteve muito
forte, mas o resultado acabou por não ser o que perspetiváramos”, reconhece o
selecionador nacional, Gabriel Mendes.
O
ciclista admite que poderia ter feito uma prova mais conservadora. “Se calhar
fui demasiado emotivo na fase inicial da corrida, talvez devesse ter-me
resguardado mais. Ainda assim, tinha de tentar de longo, porque não gosto de
deixar para o final. Sempre que entrava num grupo não colaboravam comigo.
Tentei a minha sorte sozinho e fui apanhado a volta e meia do final”, descreve
Ivo Oliveira.
Maria
Martins, sub-23 de primeiro ano, estreou-se em grandes competições de elite com
o 17.º lugar na corrida de scratch. A portuguesa assinou uma exibição audaz,
atacando a dez voltas do final, na companhia da belga Jolien D’Hoore e da
dinamarquesa Trine Schmidt. Esta movimentação acelerou a corrida, mas acabou
por não resultar. Na decisão ao sprint, a holandesa Kirsten Wild não deu
hipóteses, juntando o título europeu ao mundial. A segunda classificada foi a
britânica Emily Kay e a terceira Jolien D’Hoore.
“Isto
é outro andamento! Foi uma corrida muito ativa, com vários ataques. Estive numa
dessas movimentações, mas não tive capacidade para intervir mais. No final dei
o que podia. Estou muito feliz por ter tentado”, afirma Maria Martins.
O
selecionador nacional corrobora a felicidade da corredora. “Dentro dos
objetivos para este Campeonato, a Maria deu boas indicações em termos técnicos,
táticos e de desenvolvimento de capacidades. A ideia era procurar uma
oportunidade para entrar na discussão da corrida e ela esteve na movimentação
que viria a decidir a prova. Mais do que o resultado, importa destacar os
progressos do trabalho, o desempenho e a atitude”, frisa Gabriel Mendes.
A
Equipa Portugal sobe de novo à pista no sábado. Rui Oliveira estreia-se neste
Europeu com o concurso de omnium, que começa às 14h38 com a prova de scratch,
seguindo-se corrida tempo (16h30), eliminação (19h12) e corrida por pontos
(20h01). Maria Martins compete na corrida por pontos de elite feminina às 15h54
Fonte:
FPC
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