O
português Pedro Teixeira (Miranda-Mortágua), de apenas 19 anos, é o benjamim do
pelotão da Volta a Portugal em bicicleta e são 26 anos que o separam do 'avô'
da corrida, o colombiano Victor Niño Corredor (Sapura).
Apesar
de ser o mais novo do pelotão, Pedro Teixeira, um dos dois ciclistas nascidos
em 1999 na Volta a Portugal, não se mostra nervoso pela sua estreia na mais
mediática prova velocipédica nacional.
"Acho
que só pode trazer coisas boas, só pode trazer um estado mais relaxado, mais
descontraído, porque sou o mais novo, não tenho nada a provar e sou o que tenho
mais margem de aprendizagem", afirmou, à agência Lusa.
Para
o ciclista da Miranda-Mortágua, o facto de ser o mais novo não deve pôr
pressão, "mas sim aliviar a pressão", porque não pode "ir com
aquele nervosismo de quem vai para lutar pela geral".
"Eu
estou aqui para aprender, para ganhar novos conhecimentos. No futuro se calhar
posso vir a lutar pela geral, mas neste momento sair daqui com experiência,
ajudar a equipa e deixar o que posso na estrada", afirmou.
O
grande objetivo do jovem ciclista "é chegar a Fafe", onde termina a
Volta a Portugal, em 12 de agosto, e depois queria que ouvissem falar do seu
nome "pelo menos uma vez".
"Tudo
tem de começar nalgum sítio, mesmo sendo de primeiro ano já podemos começar a
mostrar-nos. Tem de haver um início e este é o meu início", referiu Pedro
Teixeira.
Se o
português pedala há cinco anos, para Victor Niño Corredor, de 45 anos, já são
cerca de três décadas, porque se pode sentir "velho aos 20 e jovem aos 60,
é uma questão de atitude".
"Continuo
porque gosto, antes de mais nada, depois porque, dentro do possível, o faço bem
(...). Caio e levanto-me com vontade de treinar e fazer o meu melhor esforço.
Se a equipa me convoca para alguma corrida, vou com toda a atitude, com toda a
força para fazer bem", afirmou, à agência Lusa.
Pela
primeira vez na Volta a Portugal, o colombiano parte com "a ideia de ser
protagonista, estar nas fugas, mostrar um pouco a equipa e deixar um
pouco" do que aprendeu na carreira desportiva aos jovens malaios da equipa
Sapura.
“Já
levo dois anos com eles, estamos muito contentes, eu com eles e eles comigo.
Vou ano a ano, se a equipa vê que trabalho bem e se sou sincero comigo e quero
continuar um ano mais, faço-o. Mas sei que vai chegar o momento em que vou
dizer que chega. Mas gostava de continuar ligado ao ciclismo, com alguma
equipa. Para já seguir com eles, com estes rapazes da Malásia, que são muito
boas pessoas e espero deixar-lhes algum ensinamento", referiu.
Com
apenas uma vitória como profissional, numa etapa da Volta a Taiwan em 2012,
Victor Corredor fez grande parte da sua carreira em equipas continentais e
amadoras.
Fonte:
Sapo on-line
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