Por:
Lusa
Foto:
Reuters
O
ciclista italiano Fabio Aru (Astana) defendeu este sábado que nada está
perdido, depois de ter devolvido a camisola amarela a Chris Froome (Sky), mas
reconheceu que preferia ter mantido a liderança da geral da Volta a França.
"É
inútil dizer que preferia ter ficado com a amarela, mas ainda há uma última
semana muito desafiante. Nada está perdido", argumentou o campeão
italiano.
Aru,
que perdeu 24 segundos para Froome no final da 14.ª etapa, explicou que à
entrada da rampa que desembocava na meta em Rodez estava muito atrás no
pelotão.
"Houve
um corte e fiz um grande esforço para recolar. Quando houve um novo corte,
paguei o desgaste", justificou o agora segundo classificado da geral, a 18
segundos do britânico.
Froome
foi o principal surpreendido com a quebra do italiano da Astana, considerando
que os 24 segundos que Aru cedeu foram uma imensidão.
"É
o mesmo tempo que perdi em Peyragudes. Cada segundo conta. Este ano, a luta é
ao segundo. Ainda estamos todos muito próximos, por isso vale a pena lutar por
cada segundo. Conhecia o final de há dois anos, mas tenho de dar mérito à minha
equipa, que me manteve na frente naquelas curvas complicadas do final",
destacou, revelando que Michal Kwiatkowski desempenhou um papel fundamental, ao
gritar-lhe pelo auricular que o grupo de candidatos estava todo fragmentado.
Outro
dos seus colegas, o espanhol Mikel Landa, que há dois dias não esperou por si,
também cedeu terreno e foi obrigado a reconhecer que não pensa ganhar o Tour.
"Estarei
ao lado de Froome até ao final, disposto a desempenhar um papel nas jogadas
táticas que a equipa entenda e a pressionar os rivais à frente ou atrás para
proteger o líder", garantiu.
Ainda
assim, Landa admitiu que chegou a sonhar com a camisola amarela na 13.ª etapa,
quando andou em fuga com Alberto Contador (Trek-Segafredo), vencedor do Tour em
2007 e 2009.
"Fez-me
sonhar um pouco. O Contador é um tipo muito valente, desses corredores capazes
de provocar a reviravolta numa corrida. A mim, [a fuga] beneficiou-me
muito", disse o quinto classificado da geral.
O
espanhol colocou ainda a hipótese de Aru, seu antigo colega, com quem tem uma
má relação, ter perdido a camisola amarela de propósito.
"Acredito
que o Aru entregou a camisola com receio do que lhe poderia cair em cima amanhã
[no domingo] e em outros dias, para evitar situações difíceis. Não pensei que
hoje as diferenças pudessem ser tão grandes", concluiu.
Fonte:
Record on-line
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