Por:
José Carlos Gomes
A
jornada dupla deste sábado deixou a classificação da Volta a Portugal de
Juniores Liberty Seguros ao rubro, com pequenas diferenças entre o camisola
amarela, Victor Ocampo (Bairrada), e os rivais mais diretos. Está tudo em
aberto para a etapa-rainha, a disputar neste domingo.
João
Dinis (RP-Boavista) fez valer os dotes de velocista no setor matutino, uma
ligação de 49,2 quilómetros, entre Vila Franca de Xira e a Póvoa de Santa Iria,
batendo ao sprint Hugo Garcez (Silva & Vinha/ADRAP/Sentir Penafiel) e
António Ferreira (Moreira Congelados/Feira/Bicicletas Andrade).
“Foi
uma vitória espectacular. Apesar de a meta ser numa montanha de quarta categoria,
era uma subida curta e explosiva, permitindo-me discutir a tirada e vencer”,
esclarece João Dinis.
Esperava-se
que o contrarrelógio individual vespertino provocasse a primeira seleção mais
séria na classificação individual e foi isso que aconteceu, mas sem permitir
grandes diferenças na geral após a etapa, que se mantém com tudo em aberto.
Carlos
Salgueiro (ACD Milharado/EC Manuel Martins) foi o mais rápido no contrarrelógio
de 11,4 quilómetros, entre Torre, Carregado, e Alenquer. O especialista em
cross country olímpico (XCO) aproveitou as semelhanças entre o exercício
individual e a disciplina de BTT em que tem apostado para vencer a etapa com
16m35s. O campeão nacional júnior de contrarrelógio, Afonso Silva
(Sporting/Tavira/Formação Eng. Brito da Mana), foi segundo classificado, a 10
segundos. O terceiro, a 17 segundos, foi Guilherme Mota (Alcobaça CC/Crédito
Agrícola).
“O
XCO ajudou-me a ter aqui um bom desempenho, porque, à semelhança deste
contrarrelógio, é um esforço curto e intenso. Além disso, o contrarrelógio era
muito técnico, a exigir destreza, algo de que eu gosto. Foi pena ter perdido
tempo na etapa da manhã, pois fiquei preso num ‘corte’ provocado por uma queda,
o que me impediu de chegar mais perto da camisola amarela”, afirmou Carlos Salgueiro.
O
colombiano Victor Ocampo, que ontem se definiu como contrarrelogista, foi o
sexto classificado no exercício individual desta tarde, a 22 segundos do melhor
registo. Foi uma prestação que o deixou no topo da geral, mas que permitiu a
aproximação dos adversários.
Victor
Ocampo tem apenas um segundo de vantagem sobre o segundo classificado,
Guilherme Mota (Alcobaça CC/Crédito Agrícola), e 15 relativamente ao terceiro e
ao quarto classificados, Afonso Silva e Pedro Lopes (Alcobaça CC/Crédito
Agrícola).
As
diferenças são muito curtas – o décimo está apenas a 39 segundos do primeiro -,
tendo em conta o que espera os corredores na terceira e última etapa, a
disputar neste domingo. Será uma ligação de 108,9 quilómetros, entre Torres
Vedras e o alto de Montejunto, que prenunciam um grande espectáculo, já que a
meta coincide com uma contagem de montanha de primeira categoria.
“Já
fui reconhecer a subida final. É muito dura, mas vou defender a camisola
amarela com todas as forças. Os adversários são muito fortes, mas conto com a
minha equipa, que já demonstrou estar num grande momento e unida no objetivo de
lutar pela vitória”, afirma Victor Ocampo.
A
Bairrada comanda por equipas, Pedro Teixeira (Maia) é o primeiro por pontos,
Guilherme Mota encima a tabela de juventude e Carlos Salgueiro veste a camisola
da montanha.
Fonte:
FPC
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