Foto: Brian
Hodes
Novo Nordisk
é a primeira equipa apenas composta por ciclistas com esta patologia
Phil Southerland tinha apenas 7
meses quando os médicos norte-americanos informaram os seus pais que tinham uma
criança com diabetes tipo 1. Pior que isso, disseram-lhes que Phil muito
dificilmente viveria após os 25 anos. Cresceu habituado à doença e à insulina,
mas chegou a rejeitar o tratamento até perceber que poderia ficar cego. Esta
era a mensagem que a mãe lhe transmitia, pois só aos 26 anos é que Phil
descobriu o que realmente os médicos tinham sentenciado. "A minha mãe teve
a missão de me manter vivo", atira.
A motivação de querer lidar com a diabetes sem abdicar das suas paixões levou-o a criar, em 2005 e ao lado do seu amigo diabético Joel Eldridge, uma equipa de ciclismo com elementos doentes e outros saudáveis. Alguns bons resultados nos Estados Unidos despertaram o desejo de profissionalizar a estrutura, então com o nome ‘Team Type 1’.A equipa cresceu, conquistou o seu espaço na modalidade, recebeu ilustres ciclistas não diabéticos - Vladimir e Alexander Efimkin, entre outros - e somou várias vitórias.
A ambição de Phil querer seguir em frente e lutar pelos seus sonhos inspirou a Novo Nordisk, empresa dinamarquesa líder no tratamento da doença, a apostar no desporto. Em dezembro de 2012 foi selado o acordo com a equipa de Phil e a ‘Team Type 1’ deu lugar à ‘Team Novo Nordisk’, a primeira a ser constituída exclusivamente por ciclistas com diabetes (tipo 1). É caso único entre as equipas profissionais da modalidade, à escala mundial, e a estreia nas estradas foi em 2013. "Ser um grupo de atletas diabéticos faz com que a mensagem para a comunidade seja mais forte", justifica Phil Southerland.
A motivação de querer lidar com a diabetes sem abdicar das suas paixões levou-o a criar, em 2005 e ao lado do seu amigo diabético Joel Eldridge, uma equipa de ciclismo com elementos doentes e outros saudáveis. Alguns bons resultados nos Estados Unidos despertaram o desejo de profissionalizar a estrutura, então com o nome ‘Team Type 1’.A equipa cresceu, conquistou o seu espaço na modalidade, recebeu ilustres ciclistas não diabéticos - Vladimir e Alexander Efimkin, entre outros - e somou várias vitórias.
A ambição de Phil querer seguir em frente e lutar pelos seus sonhos inspirou a Novo Nordisk, empresa dinamarquesa líder no tratamento da doença, a apostar no desporto. Em dezembro de 2012 foi selado o acordo com a equipa de Phil e a ‘Team Type 1’ deu lugar à ‘Team Novo Nordisk’, a primeira a ser constituída exclusivamente por ciclistas com diabetes (tipo 1). É caso único entre as equipas profissionais da modalidade, à escala mundial, e a estreia nas estradas foi em 2013. "Ser um grupo de atletas diabéticos faz com que a mensagem para a comunidade seja mais forte", justifica Phil Southerland.
Equipa
preparou nova época em Alicante
Com o passar
dos anos, juntaram-se ciclistas de todo o Mundo. Atualmente são 18, uns mais
jovens que outros e com histórias de vida diferentes [ver caixas]. Mas todas
inspiradoras. Afinal, estas pessoas não desistiram perante a adversidade e hoje
vivem normalmente com a patologia que afeta 415 milhões de cidadãos. "Os
médicos disseram a 12 dos nossos 18 elementos, na altura do diagnóstico, que
nunca poderiam ser ciclistas profissionais. Mas são", resume Phil
Southerland, hoje CEO e cofundador da ‘Team Novo Nordisk’.
Quando injetar insulina é como "estar num sofá"
Em Alicante, onde a equipa cumpriu um plano de treinos e abriu as portas à imprensa internacional, uma das curiosidades foi perceber as rotinas dos ciclistas diabéticos, pois precisam de cuidados extras antes, durante e após qualquer treino ou competição.
Os ciclistas recorrem a um medidor de glicose antes e depois das provas, mas durante a corrida transportam um monitor contínuo de glicose, geralmente no bolso da camisola. O aparelho fornece um gráfico com os níveis de glicose do sangue, através de um sensor colado ao corpo do corredor. Segundo Rafael Castol, diretor clínico da equipa, o ideal é ter os níveis de açúcar entre os 120 e os 180 mg/dl de sangue. Mas cada caso é um caso e é importante para o ciclista conhecer o seu corpo e saber interpretar as sensações, por forma a conseguir um bom ajustamento da glicose através da alimentação e da insulina. "Fazemos tanta coisa sobre a bicicleta que injetar insulina é só mais uma, é como estar no sofá de casa. Há que encontrar um momento ideal da corrida para o fazer", explica David Lozano. Javier Megias também nos fala sobre o assunto: "Meto a insulina onde melhor puder naquele momento, é indiferente a parte do corpo onde a aplico. Mas tentamos fazê-lo numa altura mais calma da corrida."
Há ainda um plano rigoroso de alimentação, com diferentes recomendações nas diversas fases da corrida, mas que começa bem antes, com um pequeno-almoço rico em hidratos de carbono, composto por sementes ou cereais e ainda alguma proteína, e termina com um jantar muito menos carregado em hidratos de carbono e mais centrado na proteína.
Quando injetar insulina é como "estar num sofá"
Em Alicante, onde a equipa cumpriu um plano de treinos e abriu as portas à imprensa internacional, uma das curiosidades foi perceber as rotinas dos ciclistas diabéticos, pois precisam de cuidados extras antes, durante e após qualquer treino ou competição.
Os ciclistas recorrem a um medidor de glicose antes e depois das provas, mas durante a corrida transportam um monitor contínuo de glicose, geralmente no bolso da camisola. O aparelho fornece um gráfico com os níveis de glicose do sangue, através de um sensor colado ao corpo do corredor. Segundo Rafael Castol, diretor clínico da equipa, o ideal é ter os níveis de açúcar entre os 120 e os 180 mg/dl de sangue. Mas cada caso é um caso e é importante para o ciclista conhecer o seu corpo e saber interpretar as sensações, por forma a conseguir um bom ajustamento da glicose através da alimentação e da insulina. "Fazemos tanta coisa sobre a bicicleta que injetar insulina é só mais uma, é como estar no sofá de casa. Há que encontrar um momento ideal da corrida para o fazer", explica David Lozano. Javier Megias também nos fala sobre o assunto: "Meto a insulina onde melhor puder naquele momento, é indiferente a parte do corpo onde a aplico. Mas tentamos fazê-lo numa altura mais calma da corrida."
Há ainda um plano rigoroso de alimentação, com diferentes recomendações nas diversas fases da corrida, mas que começa bem antes, com um pequeno-almoço rico em hidratos de carbono, composto por sementes ou cereais e ainda alguma proteína, e termina com um jantar muito menos carregado em hidratos de carbono e mais centrado na proteína.
Fonte: Record on-line
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