quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

"O gravel tem, sem dúvida, lugar" - Profissional do World Tour defende a inclusão de etapas de terra batida nas Grandes Voltas”


Por: Miguel Marques

Em parceria com: https://ciclismoatual.com

As estradas de gravel eram o pãonosso de cada dia nas Grandes Voltas quando estas nasceram, naturalmente devido ao contexto da época na Europa. Com o passar das décadas, o ciclismo de estrada migrou quase a 100% para o asfalto, e os chamados setores “fora de estrada” são hoje usados como obstáculos, para tornar a competição mais emocionante e exigente no ciclismo moderno. Alguns corredores contestam a sua presença nas Grandes Voltas, citando os riscos; outros defendemna, como Mikkel Honoré.

“É um tema difícil. O gravel acrescenta muita imprevisibilidade e drama a uma Grande Volta”, argumentou Honoré no podcast Domestique Hotseat. “Mas também é triste ver um grande líder da geral furar e perder toda a sua Grande Volta após meses, até um ano, de preparação”.

O ciclista da EF Education-EasyPost entende os dois lados, mas, naturalmente, como classicoman, inclinase para os benefícios: dálhe mais oportunidades em algumas das maiores corridas do mundo, sem o risco de perder a geral, já que não é trepador.

Vejase o caso de Richard Plugge, CEO da Team Visma | Lease a Bike, muito crítico da etapa de gravel na Volta a França 2024: “Uma etapa dessas não pertence ao Tour. Concordo com o Patrick Lefevere. Porque é que havemos de reintroduzir o fator azar no Tour com uma etapa de gravel? Acho que o Tour é capaz de criar etapas fantásticas, por isso não preciso dessa etapa de gravel”. Então, como acertar na dose?

“Se os organizadores encontrarem o equilíbrio certo, pertence com certeza também às Grandes Voltas”, responde o dinamarquês. “Fiz a etapa de Roubaix no Tour em 2022 e foi super fixe. E o mesmo este ano, a etapa de gravel. Já a fiz algumas vezes, porque tem aparecido bastante no Giro nos últimos anos. Faz parte”.

 

O gravel alimenta o inesperado

 

Honoré esteve presente no “mini Roubaix” do Tour 2022 e também na “mini Strade Bianche” na Volta a Itália deste ano, onde apoiou Richard Carapaz. Nesse dia, Primoz Roglic e Juan Ayuso caíram e acabariam por abandonar na semana seguinte. Foi também o dia da afirmação de Isaac del Toro, que vestiu a maglia rosa, tornandose uma etapa absolutamente chave da corrida.

“É preciso dar um passo atrás e pensar no que torna o ciclismo apelativo e bom para os espectadores. Não falo das quedas, mas a imprevisibilidade e o drama é que o tornam interessante de ver”, defende Honoré, que acredita que integrar setores de terra nas etapas faz parte do espetáculo. “É isso que nos faz amar o ciclismo, nem sempre ganha o mais forte”.

“O gravel pertence, sem dúvida, sem fazer nada super louco, nada para além do que fizemos no Giro deste ano”, acrescenta, “que foi basicamente uma etapa ao estilo Strade Bianche”.

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