Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
O ex-campeão nacional
brasileiro Vinicius Rangel Costa foi suspenso por 20 meses pela UCI, após ter
acumulado três falhas de localização num período de 12 meses. A sanção impede o
ciclista de competir até abril de 2027.
A UCI confirmou a suspenção
esta terça-feira, explicando que o atleta de 24 anos violou as regras
antidoping por não ter fornecido informações atualizadas de localização para os
controlos fora de competição. Segundo o Código Mundial Antidopagem, três falhas
desse tipo no espaço de um ano constituem uma violação das normas, mesmo sem
qualquer teste positivo.
De acordo com o comunicado
oficial, o caso foi “resolvido através de uma aceitação das consequências”, o
que significa que Rangel não contestou a acusação. O período de inelegibilidade
teve início a 27 de agosto de 2025 e prolonga-se até 26 de abril de 2027. A
federação internacional acrescentou que não prestará mais declarações sobre o
assunto.
Da
Movistar ao regresso a casa
Rangel foi uma das maiores
promessas do ciclismo brasileiro da última década. Formado nas equipas de base
espanholas, chegou à Movistar Team em 2022 e teve um impacto imediato,
conquistando o título nacional de estrada do Brasil nesse mesmo ano. Com essa
vitória, tornou-se o primeiro ciclista da Movistar a usar a camisola verde e
amarela no pelotão do World Tour.
Apesar de alguns sinais de
talento, o seu percurso na formação espanhola terminou em agosto de 2024,
quando anunciou o regresso ao Brasil, dizendo querer “desfrutar do desporto de
forma diferente”. Pouco depois, assinou pela Swift Pro Cycling, equipa continental
brasileira, com o objetivo de reconstruir a carreira num ambiente mais próximo
de casa.
Golpe
duro para o ciclismo brasileiro
A suspensão surge no momento
em que Rangel tentava retomar a forma e a confiança no circuito nacional. Para
o ciclismo brasileiro, que tem procurado ganhar espaço no calendário
internacional com nomes como Rangel e Nicolas Sessler, trata-se de um revés significativo.
O programa antidoping da UCI é
gerido desde 2021 pela Agência Internacional de Testes (ITA), que supervisiona
os controlos fora de competição e assegura a conformidade em todas as
disciplinas. A federação mantém a responsabilidade pelas sanções, mas o controlo
é totalmente independente.
Salvo alterações no processo,
Vinicius Rangel poderá regressar à competição em abril de 2027, poucos dias
antes de completar 26 anos. Até lá, o antigo campeão nacional ficará afastado
do pelotão, numa pausa forçada que interrompe o percurso de uma das figuras
emergentes do ciclismo sul-americano.
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