Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
As consequências da
interrupção sem precedentes da Volta a Espanha de 2025 continuam a gerar
polémica, com a UCI e o Governo espanhol envolvidos num confronto público sobre
o significado e a legitimidade dos protestos pró-palestinianos que abalaram a
corrida. O que começou como pequenas manifestações transformou-se rapidamente
em perturbações quase diárias, culminando com o cancelamento abrupto da 21ª
etapa em Madrid.
Os protestos atingiram níveis
raramente vistos no ciclismo: manifestantes invadiram o pelotão, atiraram
líquidos aos ciclistas e até provocaram quedas que obrigaram ao abandono de
vários corredores. A UCI respondeu com uma declaração dura, classificando os
acontecimentos como "uma grave violação da Carta Olímpica e dos princípios
fundamentais do desporto".
Ao mesmo tempo que elogiou os
organizadores da Vuelta e as forças policiais pela resposta a uma
"situação sem precedentes", o organismo deixou críticas severas ao
Governo espanhol. A UCI afirmou "lamentar o facto de o primeiro-ministro
espanhol e o seu governo terem apoiado ações que poderiam impedir o bom
desenrolar de uma competição desportiva2, considerando tal posição
"contraditória com os valores olímpicos de unidade, respeito mútuo e
paz".
O organismo internacional foi
ainda mais longe, levantando dúvidas sobre a credibilidade de Espanha como
anfitriã de futuros grandes eventos, incluindo o Campeonato do Mundo da FIFA de
2030, que o país irá organizar em conjunto com Portugal e Marrocos.
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