Com apenas 22 anos, Gonçalo Brito assumiu a responsabilidade de orientar atletas no Lusitano Triatlo Clube, tornando-se o mais jovem treinador português da atualidade a alcançar o nível III de formação. Natural de Vila Real de Santo António, Gonçalo é hoje responsável por um grupo de 23 atletas, que vão desde iniciados de 13 anos até age-groups com 55 anos.
Licenciado em Desporto e
Bem-Estar pelo IPLeiria e atualmente a concluir o mestrado em Treino Desportivo
de Alto Rendimento na FMH, o treinador sublinha que a sua escolha de vida
nasceu da vontade de fazer diferente:
“Percebi que, muitas vezes, o
treino não refletia princípios como a adaptação às necessidades individuais ou
a importância do equilíbrio entre saúde e performance. Quis trazer novas
abordagens e acrescentar valor desde cedo.”
No início da sua trajetória,
Gonçalo contou com a inspiração e acompanhamento de dois nomes de referência:
Paulo Antunes e Marco Carreira, com quem realizou estágio no Clube de Natação
de Torres Novas. A experiência foi decisiva para consolidar a sua ambição de
ser treinador.
Assumir o cargo tão jovem não
foi fácil. “Chegar a um clube aos 22 anos, sucedendo a um treinador respeitado,
gerou naturalmente alguma desconfiança. Mas isso apenas me motivou a
preparar-me melhor e a conquistar a confiança dos atletas e pais”, recorda.
Hoje, esse grupo transformou-se numa equipa unida e motivada.
Para
Gonçalo Brito, o papel do treinador ultrapassa o aspeto competitivo:
“Mais do que formar atletas,
quero formar pessoas. É muito gratificante quando os pais me dizem que notam
evolução nos filhos a nível escolar, de responsabilidade e valores.”
A exigência de conjugar três
modalidades distintas com a vida pessoal de cada atleta é, segundo o treinador,
uma das maiores dificuldades do triatlo. Ainda assim, considera que essa
complexidade é também uma oportunidade para inovar e personalizar o treino. O
jovem técnico acredita que ser um bom treinador exige adaptação, proximidade e
conhecimento atualizado. Define-se como “um chato” no acompanhamento dos
age-groups, atento ao contexto de cada um, para que performance e saúde possam
coexistir.
Ao mesmo tempo, deixa uma
mensagem clara a outros jovens que possam querer seguir o mesmo caminho:
“A diferença pode estar em
nunca deixarmos de querer aprender. É essencial investir em conhecimento todos
os dias, entrar no mercado de trabalho prontos para evoluir e acrescentar
valor. O nosso dever é zelar pela educação e pela promoção da saúde na prática
desportiva. O objetivo deve ser deixar a vossa marca, e não simplesmente ser só
mais um.”
Para o
futuro, sonha grande:
“O meu objetivo é consolidar
cada vez mais a base do Lusitano Triatlo Clube e, um dia, poder acompanhar
atletas até aos Jogos Olímpicos.”
Fonte: Federação Triatlo
Portugal
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