Por: Miguel Marques
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
Na sequência dos dramáticos
acontecimentos das últimas três semanas na Volta a Espanha 2025, levantam-se
agora dúvidas sobre o futuro da grande volta espanhola. Depois de várias etapas
terem sido interrompidas por protestos pró-palestinianos e da corrida ter
terminado de forma caótica em Madrid, os organizadores enfrentam uma incerteza
crescente quanto à realização das próximas edições e, sobretudo, sobre onde e
como garantir a segurança. Estava previsto que a edição de 2026 terminasse nas
Ilhas Canárias, mas esse plano está em risco.
Antonio Morales, presidente do
Conselho Local de Gran Canaria, foi taxativo na sua posição. "Devo dizer
com absoluta convicção que se Israel participar, a resposta é não. A Gran
Canaria não está disposta a branquear o genocídio e as acções de Israel através
do desporto ou de qualquer outra forma", declarou ao jornal espanhol AS.
As suas palavras atingem
diretamente o cerne do debate: pode o desporto internacional manter-se neutro
perante um conflito político tão visível e brutal? O trigo deve ser separado do
joio, mas a Vuelta 2025 deixou essa questão exposta de forma clara e dolorosa.
Morales reforçou a sua ideia: "Veremos o que acontece nos próximos meses,
mas é claro que, se Israel participar, a Gran Canaria não acolherá a Vuelta a
España".
Esta declaração incendiária
demonstra como as consequências da edição de 2025 se estenderão muito para além
de Madrid, afetando o planeamento futuro da corrida e até a credibilidade dos
organismos dirigentes do ciclismo.
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