quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

“51.ª Volta ao Algarve”


Percurso renovado para aumentar o espectáculo desportivo

 

Por: Vasco Moreira

A 51.ª edição da Volta ao Algarve, a realizar entre 19 e 23 de fevereiro de 2025, terá um percurso renovado, procurando criar novos motivos de interesse desportivo para atrair ainda mais adeptos à região e para incrementar as audiências televisivas.

A melhor corrida mundial do circuito UCI ProSeries das épocas de 2023 e 2024 mantém o conceito de oferecer etapas para todos os perfis de corredores, mas aposta em novas soluções num percurso em que os locais de partida e de chegada das etapas se repetem face a anos anteriores. As soluções agora encontradas demonstram a versatilidade da região para se adaptar a diferentes necessidades de todos quantos usam a bicicleta, seja para treinar, competir, deslocar-se ou viver momentos de lazer.

No que ao alto rendimento diz respeito, a 51.ª Volta ao Algarve promete emoções fortes até às últimas pedaladas, que voltam a terminar no alto do Malhão, concelho de Loulé, só que, pela primeira vez, em contrarrelógio. Foi ainda criada uma etapa totalmente nova com final em Faro e a chegada à Fóia, Monchique, será mais exigente do que nos últimos anos.

Tudo começa em Portimão, local do grande arranque da corrida, dia 19. Da zona ribeirinha portimonense os ciclistas dirigem-se para Lagos, onde, na Avenida dos Descobrimentos, espera-se uma animada discussão ao sprint, selando os 190 quilómetros iniciais da corrida.


A primeira grande novidade chega no dia seguinte. A segunda etapa começa em Lagoa, prolonga-se por 177,6 quilómetros e termina no ponto mais alto do Algarve, a Fóia, no concelho de Monchique. Ao invés do que tem acontecido, a subida final faz-se pela vertente norte da serra, com zonas de inclinação menos constantes e alguns troços de maior dificuldade. A subida para a meta tem 8,4 quilómetros de extensão. A fase mais demolidora da subida, com um quilómetro de pendente média a rondar os 10 por cento, acontece a 3,5 quilómetros do final. Acresce que escalar a Fóia por esta vertente provoca um encadeamento com a subida da Pomba, cujo ponto alto dista apenas 3100 metros das primeiras rampas da Fóia.

Ao terceiro dia regressam as oportunidades para os sprinters e terminam os pontos de maior semelhança com as edições anteriores da corrida. A caravana parte de Vila Real de Santo António para uma viagem de 183,5 quilómetros que irá terminar em Tavira, cidade que tem brindado a Volta ao Algarve com entusiásticos banhos de uma multidão ávida de ver os melhores velocistas do mundo em ação.

A quarta etapa é a grande incógnita desta Volta ao Algarve. Está desenhada para que tudo possa acontecer. Literalmente. O traçado permite que alguns sprinters aspirem a passar as dificuldades e a lutar pelo triunfo, mas também não fecha a porta a um ataque proveniente dos especialistas em clássicas e também pode ser um isco para os homens que lutam pela geral jogarem uma cartada. Vai ser uma tirada de 175,2 quilómetros, entre Albufeira e Faro. As três contagens de montanha colocadas nos derradeiros 50 quilómetros são o ingrediente que permite esperar a emoção e a incerteza, condimentos fundamentais do desporto.

A maior surpresa está guardada para o último dia. A tradicional chegada ao alto do Malhão será, desta vez, diferente. Vai acontecer em sistema de contrarrelógio individual, permitindo ao numeroso público assistir à passagem dos corredores, um a um, durante quase três horas consecutivas de espectáculo e proximidade com os ídolos.

O contrarrelógio de encerramento da 51.ª Volta ao Algarve começa em Salir e termina no Alto do Malhão. Terá 19,6 quilómetros. Os primeiros 17 mil metros são essencialmente planos. Os últimos 2600 são a subir, com uma inclinação média de 9,2 por cento.

No final das cinco etapas, os corredores terão percorrido 745,9 quilómetros, com um acumulado de subida total de 11 795 metros.

 

UAE Team Emirates e Tudor Pro Cycling confirmadas

 

A organização da Volta ao Algarve anunciou, nas últimas semanas, nove equipas já com lugar garantido no pelotão de 2025. Hoje podemos avançar com mais duas, ambas com forte ligação a Portugal. Referimo-nos à equipa número um do ranking mundial, UAE Team Emirates, que tem no plantel os portugueses António Morgado, Ivo Oliveira, João Almeida e Rui Oliveira. E também à suíça Tudor Pro Cycling, que tem como um dos principais diretores o português Ricardo Scheidecker.

As equipas portuguesas que venham a constituir-se como continentais também serão convidadas, esperando-se que sejam nove nesta circunstância. Nos próximos dias anunciaremos as restantes formações internacionais que irão completar um pelotão que, mais uma vez, será de alto nível internacional.

 

Equipas Confirmadas

 

World Teams: Alpecin-Deceuninck (BEL), Bahrain Victorious (BAH), EF Education-EasyPost (EUA), Groupama-FDJ (FRA), INEOS Grenadiers (GBR), Intermarché-Wanty (BEL), Team dsm-firmenich PostNL (NED), UAE Team Emirates (UAE)

 

Pro Teams: Caja Rural-Seguros RGA (ESP), Lotto (BEL), Tudor Pro Cycling (SUI)

 

Ciclismo para Todos

 

Além dos milhares de adeptos, que se deslocam de vários pontos de Portugal e de todo o mundo para assistir às etapas, o programa da Volta ao Algarve integra também um evento de ciclismo para todos, permitindo aos ciclistas amadores e entusiastas da bicicleta participar ativamente na festa do ciclismo no Algarve.

No dia 22, Faro irá receber o Algarve Granfondo, uma viagem de imersão nas paisagens mais genuínas e menos conhecidas do interior algarvio. Os participantes poderão optar entre dois desafios, os 130 quilómetros do granfondo e os 90 quilómetros do mediofondo. Além da atividade física e do convívio poderão ainda assistir às peda ladas das estrelas internacionais, que no mesmo dia irão percorrer a 4.ª etapa, com partida em Albufeira e chegada em Faro.

São esperados mais de mil ciclistas amadores na prova de participação popular da Volta ao Algarve.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

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