Por: Carlos Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com/
Embora o calendário do
ciclocrosse esteja em pleno andamento há um mês e já tenhamos um novo campeão
europeu, a Taça do Mundo ainda não arrancou. Depois de não ter ido de encontro
ao interesse dos melhores ciclistas do pelotão em formar uma "Liga dos
Campeões" da UCI, a organização fez várias alterações, criando uma
"Taça do Mundo compacta" que incluirá 12 rondas no espaço de dois
meses. Esperemos que isto traga uma tendência positiva e que a ameaça de
"sanções" que David Lappartient fez não se concretize.
"Queremos de facto
envolver mais os ciclistas na Taça do Mundo UCI e encorajá-los a participar em
todas as rondas", confirma Peter Van den Abeele, ao Het Nieuwsblad.
"Assim optámos, em consulta com o detentor dos direitos da UCI World Cup Flanders
Classics, por organizar menos etapas este ano, por um lado, e por outro
encurtar o período que as etapas se realizam. Desta forma teremos uma Taça do
Mundo mais compacta".
No ano passado tivemos catorze
etapas da Taça do Mundo, com a primeira a 15 de outubro, mas agora há apenas
doze, sendo a primeira apenas a 24 de novembro. Em 26 de janeiro, ou seja,
apenas dois meses depois, a última ronda terá lugar em Hoogerheide. Van den
Abeele espera que este seja um passo na direção certa.
"Essa não foi a única
coisa que fizemos para garantir que os melhores ciclistas participem nas
corridas da Taça do Mundo", continua. "Também demos a certas rondas
da Taça do Mundo o estatuto de 'ciclocrosse protegido'." Uma delas será a
Taça do Mundo de Besançon, no final de dezembro."
O que é que isso significa
exatamente para os ciclistas? "Isto significa que nenhuma outra prova
internacional de ciclocrosse poderá estar calendarizada no dia anterior. Desta
forma vai obrigar os ciclistas a deslocarem-se a Besançon e a não faltarem
porque têm um contrato com outra prova de ciclocrosse no dia anterior",
explica Van den Abeele.
O presidente David Lappartient
sugeriu no inverno passado que a UCI estria na disposição de sancionar os
ciclistas que continuem a fugir a certas corridas da Taça do Mundo. Van den
Abeele não descarta essa possibilidade, mas espera não sejam necessárias tomar
tais medidas: "Se virmos que a tendência de saltar etapas continua, então
poderemos ter de usar a força e poderemos ter de tomar medidas ainda mais
duras. Mas com toda a honestidade, não creio que isso seja necessário".
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