Português, que acabou em 6.º no omnium dos Mundiais, lamenta azar que teve durante uma das corridas
Por: Lusa
Foto: UCI
O português Rui Oliveira foi
este sábado sexto classificado no concurso de omnium dos Mundiais de ciclismo
de pista em Ballerup, Dinamarca, acabando a quatro pontos das medalhas num
exercício ganho pelo belga Lindsay de Vylder.
O campeão olímpico de madison
em Paris'2024, com o ausente Iúri Leitão, fez um omnium regular, ante
concorrência feroz, e acabou em quinto no scratch, nono no tempo, e segundo na
eliminação, antes de ter andado no primeiro lugar durante a corrida de pontos,
acabando por quebrar nas últimas 30 voltas para sair do radar do pódio.
De Vylder venceu, com 150
pontos e uma ponta final notável, e sagrou-se campeão do mundo pela primeira
vez, à frente do italiano Simone Consonni, prata com 138, e do holandês Yanne
Dorenbos, bronze com 128. Oliveira acabou com 124.
"No final, fiquei a
quatro pontos do pódio. Na primeira corrida, ia discutir o primeiro lugar com
Dorenbos, e o parafuso do selim partiu. Arredou-me para quinto lugar. Dar-me-ia
mais oito pontos e, se calhar, teria a medalha ao peito. É um bocado frustrante,
mas foi o meu melhor omnium de sempre a este nível", admitiu, após a
corrida.
Na corrida de pontos, gastou
"toda a energia" e depois "foi sobreviver e não levar volta de
avanço dos favoritos". "Este é um resultado bom, mas ficar tão perto
das medalhas é chato", acrescentou.
Depois de, na corrida de
tempo, ter ficado fechado num momento em que ia atacar por um rival, fez uma
corrida de eliminação controlada a grande nível, sem sustos, em que foi
segundo, perdendo num apertado sprint para o britânico Ethan Hayter.
Colocou-se, então,
definitivamente na luta pelas medalhas, antes da decisiva corrida de pontos,
com ambos empatados na terceira posição, com 94 pontos.
Na corrida de pontos, desferiu
vários ataques que lhe permitiram não só fechar uma volta de avanço, e subir ao
primeiro lugar, como pontuar em sprints, na fase inicial, mas depois vários dos
adversários começaram a aproximar-se, como o italiano Simone Consonni, dos mais
mexidos, assim como o belga De Vylder e o sempre ativo Dorenbos.
Nas últimas dezenas de voltas,
acabou por sofrer para não ser ultrapassado, acabando a quatro pontos das
medalhas num omnium em que nove ciclistas somaram mais de 100 pontos.
"Dos ciclistas que cá
estavam, os primeiros 13 ou 14 podiam ir à medalha. Acho que fiz uma corrida
exímia nos pontos, em que quiçá tenha gasto demasiado. Fica um bom sinal, acho
que foi uma corrida bastante positiva", completou o campeão olímpico
português.
Os Mundiais de ciclismo de
pista na Ballerup Super Arena, na Dinamarca, terminam domingo, com Portugal em
ação no madison, com os irmãos Rui Oliveira, campeão olímpico nesta corrida com
Iúri Leitão, e Ivo Oliveira, enquanto Daniela Campos corre nos pontos.
Fonte: Record on-line
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