sábado, 28 de setembro de 2024

“Seleção Nacional/Portuguesas não resistem à dureza do Mundial”


Por: José Carlos Gomes

Ana Caramelo e Daniela Campos não terminaram a prova de fundo para elite feminina do Campeonato do Mundo de Estrada, uma corrida que permitiu à belga Lotte Kopecky revalidar o título mundial.

A chuva e as temperaturas baixas – foi o dia mais frio de toda a semana – foram obstáculos de respeito para o pelotão de 197 corredoras que iniciou a prova de 154,1 quilómetros, que ligou Uster a Zurique.

Como se previa, a entrada no circuito em redor de Zurique – ondulado, com subidas inclinadas, descidas íngremes e técnicas – fez a primeira seleção. Ana Caramelo foi a primeira das portuguesas a perder o contacto com o pelotão principal, acusando a falta de rodagem entre o pelotão internacional.


Daniela Campos resistiu no grupo das melhores até à primeira passagem pela meta, mas não aguentou o ritmo nas primeiras rampas da subida de Zürichbergstrasse. Com a frente de corrida sempre em ritmo intenso e fazer uma corrida de eliminação, deixando para trás cada vez mais corredoras, as portuguesas começaram a acumular atraso.

Na entrada para a segunda volta completa ao circuito, Ana Caramelo seguia a cerca de 13 minutos da cabeça de corrida, tendo de abandonar, tal como as corredoras que estavam no mesmo grupo e nos grupos mais atrasados.


Daniela Campos foi resistindo, mas, quando circulava a mais de 15 minutos da dianteira, foi também obrigada a parar, quando iria entrar na última volta. “Sinceramente, estou desiludida, mas deixei na estrada tudo o que tinha. As sensações, nas últimas semanas, não têm sido as melhores. Julgo que estou a acusar a fadiga de uma época muito longa”, explicou Daniela Campos.

Quando prestou estas declarações, Daniela Campos já estava vestida, dentro da caravana aquecida da Seleção Nacional, mas ainda não tinha conseguido parar de tremer, o que dá bem a ideia do frio que o pelotão feminino teve hoje de enfrentar, numa prova disputada sob chuva, levando a que desistissem 116 das participantes.

A luta pela camisola arco-íris fez-se por seleção natural. Foi um grupo restrito de seis corredoras a sprintar pela vitória. Lotte Kopecky levou a melhor, conquistando o segundo título mundial de elite consecutivo, ao fim de 4h05m26s (média de 37,672 km/h). A estadunidense Chloe Dygert, que só reentrou na frente de corrida no último quilómetro, foi a segunda e a italiana Elisa Longo Borghini fechou o pódio.

Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo

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