Já entre a elite feminina, Portugal terá duas ciclistas em prova, com a atleta olímpica Daniela Campos (Eneicat-CM Team), já habitual nestas andanças, acompanhada por Ana Caramelo, do pelotão nacional
Foto: Lusa
O português Afonso Eulálio
mostrou-se orgulhoso da chamada à seleção de ciclismo para os Mundiais de
estrada, que arrancam no sábado em Zurique, em ano de plena afirmação e de
malas feitas para o pelotão WorldTour.
“Acaba por ser muito
gratificante. É sempre motivador e um orgulho para nós poder representar a
seleção. (...) É raro os ciclistas do pelotão nacional participarem nos
Campeonatos do Mundo. Espero fazer uns bons Mundiais e demonstrar na estrada ao
selecionador que fez bem em convocar-me”, declarou o jovem de 22 anos da
ABTF-Feirense.
Depois de ter liderado a Volta
a Portugal durante largos dias, acabando no 10.º posto final, acabou a época
pelos feirenses da melhor maneira ao ser terceiro no Grande Prémio Jornal de
Notícias.
Os bons resultados este ano,
que incluem também a quinta posição na Volta às Astúrias e o segundo lugar no
Troféu Joaquim Agostinho, fazem com que esta chamada seja “um pouco uma
surpresa, mas também não” surpreendente.
Considera a temporada
“excelente” e lembra que já correu pela seleção sub-23, e agora junta-se aos
‘pesos pesados’ de Portugal no WorldTour, de João Almeida (UAE Emirates) ao
campeão do mundo de 2013 Rui Costa (EF Education-EasyPost), passando por um campeão
olímpico na pista, Rui Oliveira (UAE Emirates), pelo irmão e companheiro de
equipa Ivo Oliveira, e ainda o ‘ás’ do contrarrelógio Nelson Oliveira
(Movistar).
“Não os conheço, só da
televisão. (...) O que o selecionador propuser [para a estratégia de corrida],
eu irei ajudar”, simplifica Eulálio, apontando já à corrida de fundo, no dia
29.
O jovem, de resto, assume
plenamente o ‘salto’ para o WorldTour, ainda que não confirme equipa ou data de
oficialização. “Espero defrontá-los nas corridas, passar mais tempo com eles”,
declarou.
Entre a elite feminina,
Portugal terá duas ciclistas em prova, com a atleta olímpica Daniela Campos
(Eneicat-CM Team), já habitual nestas andanças, acompanhada por Ana Caramelo,
do pelotão nacional.
A ciclista da Matos Mobility,
de 29 anos, tem sido um dos destaques nas provas nacionais, incluindo um
segundo lugar na Clássica La Vuelta, e vê esta convocatória como “o
reconhecimento de todo o trabalho” ao longo dos anos.
“Costumo dizer que elas são o
tubarão e eu sou ali um peixinho... Será uma experiência única, ainda por cima
sendo na Europa. Estar com as melhores é muito bom. Se calhar vou a ver, e
fogo... se calhar sou a única rapariga ali a trabalhar. Olha, é dar o litro,
tentar acabar e fazer um bom resultado”, resume Ana Caramelo, em entrevista à
Lusa.
De resto, esta chamada pode
também servir para que Ana Caramelo possa “servir de inspiração para quem
também quer fazer” este caminho.
“Para demonstrar que o esforço
é recompensado”, atira.
Fonte: Sapo on-line
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