Um passeio de grande tradição
Por: José Morais
Fotos: José Morais (Revista
Notícias do Pedal) e Maria Silva
Cicloturismo, quando nos referimos a esta modalidade, temos de associar o “Ciclo” de bicicleta e o (Turismo) de convívio e passeio, a modalidade que já teve tempos áureos, atualmente está a passar por algumas dificuldades, e porque será, e que se pode fazer para que o cicloturismo não “MORRA” definitivamente.
Este domingo marcamos presença
em Palmela, um passeio de grande tradição, e talvez o mais antigo evento
cicloturistico que se realiza em Portugal, apesar desta ter sido a 34ª edição,
este passeio já teve diversos interregnos, o que só não é o mais antigo, porque
diversos anos não se realizou.
Numa organização da Associação Desportiva Palmelense, a edição deste ano contou com quase duas centenas e meia de participantes, que percorrem o concelho, passando por locais como, Quinta Anjo, Lagoinha, Pinhal Novo, Areias Gordas, Lau, Poceirão, Fernando Pó, Bairro Margaça, Agualva, Lagameças, Palmela Gare, com partida e chegada ao Largo São João Batista em Pamela.
Um passeio que foi para a estrada posso passava das 9 horas da manhã, e terminou pouco passava da 12,30 horas, teve 68 quilómetros, e contou com um trajeto sem grandes dificuldades, apenas no final a subida para Palmela este a maior dificuldade, e os últimos 150 metros, que foi feito de roda livre a partir da igreja São Pedro Batista, de referir que pelo caminho existiu uma paragem em Fernando Pó na Associação Cultural e Recreativa local, ainda de salientar que ao longo do percurso existia também abastecimento de água, já que fazia imenso calor.
Colocar
um passeio na estrada e as dificuldades:
A Associação Desportiva Palmelense, tem nos últimos anos tentado evoluir, tentando assim que muitos mais amantes da modalidade continuem a participar e não abandonem a mesma, tenta assim arranjar incentivos a que se desloquem ao seu passeio, este ano deu pequeno-almoço, e no final existiam grelhados para satisfazer todos os participantes.
Para o presidente da Associação “Madail Claro”, que atualmente está um pouco desanimado com a modalidade, ele que começou no cicloturismo quando tinha 15 anos, aos 17 anos organizou o seu primeiro passeio da Associação, vê o cicloturismo uma modalidade muita negra, e acabou por dizer que, “não sei se a mesma consegue aguentar mais 5 anos”. As dificuldades são imensas, as despesas muitas, tem de se pagar a bombeiros, e a segurança pelas forças policiais são exorbitantes no valor que cobram, infelizmente assim não se pode praticar a modalidade.
“Madail
Claro” dizia ainda que, neste passeio
acima de tudo existe a máxima segurança entre todos os participantes, fazemos
um seguro em tempo real, e todos estão abrangidos, é uma salvaguarda para os
que dizem que possuem seguro e não têm, e para aquele que de verdade possuem
seguro, mas onde muitas vezes não garante em altura de um acidente, assim temos
a certeza de que todos estão segurados e é um descaço para nós que organizamos.
O presidente da Associação terminava na entrevista que fizemos, ao agradecer a todos a presença, uma agradecimento especial a todos os parocinadores que mais um ano ajudaram a este evento, e à Autarquia, cujo apoio é sempre muito importante, referiu que tiveram uma equipa que veio do Algarve, e no final a satisfação era imensa, já que tinha recebido o feedback muito positivo dos participantes, e desejava que em 2025 na sua 35ª edição, possa haver ainda mais participantes, e muitas novidades.
Olhando o
passeio:
Quase no final desta reportagem, temos de dar os parabéns pela excelente organização, numa velocidade própria de cicloturismo, e próprio para qualquer participantes, temos de destacar que participaram três cicloturistas muito especiais, dois com cadeiras de rodas adaptadas a bicicleta, e um com uma Handbikes, e todos conseguiram pedalar no pelotão que rolou praticamente sempre compacto, e ainda de referenciar a homenagem a todas as mulheres participantes, que era sem dúvida muitas.
Temos de referenciar ainda o
apoio de dois montardes que apoiaram nos principais cruzamento, a GNR, pelo
excelente trabalho feito na segurança, aos bombeiros sempre indispensáveis,
pouco trabalho, apenas uma queda sem nada de grave, e a toda Associação, e
todos os 20 voluntários que ajudaram neste evento.
Como nota final, ficam os
parabéns por este grande passeio, e deixamos aqui o nosso agradecimento pela
forma como nos receberam para fazer esta reportagem, e as condições que nos
deram para podermos trabalhar, num passeio que contou com mais uma fotografa, a
Maria Silva.
Ficam os votos de bons
passeios, boas pedaladas.
Podem visualizar as fotos
deste evento no link abaixo que deixamos.
https://photos.app.goo.gl/DHAsta4G3HHACznx6
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