Pela primeira vez em mais de 70 anos a Campagnolo de fora do pelotão World Tour
Por: José Morais
O que irá significar a
Campagnolo pela primeira vez em mais de 70 anos, não marcar presença no World
Tour, o fabricante italiano não irá equipar as bicicletas das equipas no mais
nível do ciclismo mundial.
Assim, a Campagnolo vai estar
de fora do pelotão do World Tour de 2024, a notícia foi divulgada a três de
dezembro, mas a mesma não ganhou até à data repercussão no mercado, e com esta
ausência, a tradicional marca de componentes do mundo, já levanta algumas
especulações sobre o que será o futuro desta marca italiana.
Ao longo de mais de 70 anos, e pela primeira vez o fabricante italiano fica de fora, sem equipar as bicicletas das equipas que competem ao mais alto nível do ciclismo mundial, com a última formação do World Tour a usar os componentes da Campagnolo, foi a equipa francesa da AG2R-Citroen, que então pedalava com bicicletas BMC, porem, em dezembro a nova formação mudou de nome, passando-se a chamar de Decathlon-AG2R, e optou pelas bicicletas da Decathlon/Van Rysel, e utilizando os componentes da Shimano.
De referir que a Campagnolo
foi fundada em 1933 em Vicenza, sempre teve uma ótima reputação em termos de
qualidade, confiabilidade e durabilidade, porem, as coisas começaram a mudar a
partir dos anos 2000, com o crescimento de fortes concorrentes, o caso da
Shimano e mais tarde a Sram, com a marca italiana, ao lado da japonesa e da
norte-americana formavam o seleto grupo conhecido como “As Três Grandes”.
Com outras marcas no mercado,
a marca italiana foi perdendo terreno no mercado, e a sua presença no pelotão
internacional, também foi diminuindo, com a mudança para os travões em disco a
não ser nada tranquila, já que foi o último dos fabricantes de componentes a
oferecer os travões de disco nas bicicletas de estrada.
Porem, a Campagnolo continua a
ter os seus fãs incondicionais em todo o mundo, e equipando diversas marcas de
prestígio, no nicho de mercado conhecido, como o caso da Sport Luxury Bikes, que
possui bicicletas acima dos oito a dez euros para cima, tendo ainda a marca
italiana em linha, grupos de estrada mecânicos, e ainda travões convencionais,
além disso, é ainda o único fabricante a oferecer um grupo de treze
velocidades, o Ekar, que foi criado para atender o mercado de gravel.
Porem, a empresa italiana não divulgou os motivos da decisão de não manter contrato com nenhuma formação do World Tour, o que deixa de fora todas as provas mais importantes do calendário mundial, onde se inclui, as Clássicas, os três Grand Tours, os Jogos Olímpicos e o Campeonato Mundial de Ciclismo, porem, fala-se de que os motivos mais óbvios será a diminuição de verba para o marketing, como o investimento em publicidade, que são talvez mais eficazes, e menos dispendiosas.
Porem, temos de referir de que
a Campagnolo foi uma marca que ganhou quarenta e duas Voltas a França, contra a
Shimano que conseguiu doze, mas a decisão de ficar de fora do ciclismo
internacional, poderá vir num futuro a trazer más sequências para o futuro da
empresa, não sendo muito positivo para a mesma que sendo o maior fabricante de
componentes, deixe de patrocinar as grandes equipas profissionais.
Neste momento a marca italiana
fica de fora das grandes guerra das “Duas
Grandes”, o que pode fazer com que a Campagnolo pareça que tenha
menor qualidade e importância, que as restantes marcas que dominam o ciclismo
de estrada, já que os componentes são bons, tem de aguentar, e manter-se no
ciclismo de alto nível, e marcar presença no ciclismo de ponta, é fundamental
não apenas para a pesquisa, mas também para o desenvolvimento de novos
componentes.
Nunca em algum tempo de
globalização, a marca italiana da Campagnolo perdeu as rédeas, e foram
absorvidos pelos concorrentes, porem, aqueles mais otimistas acreditam que a
marca italiana irá voltar ao pelotão do World Tour, nas próximas temporadas,
veremos e aguardamos novas novidades.
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