domingo, 21 de janeiro de 2024

“Uma das mais prestigiadas marcas de acessórios para bicicleta fora do World Tour”


Pela primeira vez em mais de 70 anos a Campagnolo de fora do pelotão World Tour

 

Por: José Morais

O que irá significar a Campagnolo pela primeira vez em mais de 70 anos, não marcar presença no World Tour, o fabricante italiano não irá equipar as bicicletas das equipas no mais nível do ciclismo mundial.

Assim, a Campagnolo vai estar de fora do pelotão do World Tour de 2024, a notícia foi divulgada a três de dezembro, mas a mesma não ganhou até à data repercussão no mercado, e com esta ausência, a tradicional marca de componentes do mundo, já levanta algumas especulações sobre o que será o futuro desta marca italiana.

Ao longo de mais de 70 anos, e pela primeira vez o fabricante italiano fica de fora, sem equipar as bicicletas das equipas que competem ao mais alto nível do ciclismo mundial, com a última formação do World Tour a usar os componentes da Campagnolo, foi a equipa francesa da AG2R-Citroen, que então pedalava com bicicletas BMC, porem, em dezembro a nova formação mudou de nome, passando-se a chamar de Decathlon-AG2R, e optou pelas bicicletas da Decathlon/Van Rysel, e utilizando os componentes da Shimano.


De referir que a Campagnolo foi fundada em 1933 em Vicenza, sempre teve uma ótima reputação em termos de qualidade, confiabilidade e durabilidade, porem, as coisas começaram a mudar a partir dos anos 2000, com o crescimento de fortes concorrentes, o caso da Shimano e mais tarde a Sram, com a marca italiana, ao lado da japonesa e da norte-americana formavam o seleto grupo conhecido como “As Três Grandes”.

Com outras marcas no mercado, a marca italiana foi perdendo terreno no mercado, e a sua presença no pelotão internacional, também foi diminuindo, com a mudança para os travões em disco a não ser nada tranquila, já que foi o último dos fabricantes de componentes a oferecer os travões de disco nas bicicletas de estrada.

Porem, a Campagnolo continua a ter os seus fãs incondicionais em todo o mundo, e equipando diversas marcas de prestígio, no nicho de mercado conhecido, como o caso da Sport Luxury Bikes, que possui bicicletas acima dos oito a dez euros para cima, tendo ainda a marca italiana em linha, grupos de estrada mecânicos, e ainda travões convencionais, além disso, é ainda o único fabricante a oferecer um grupo de treze velocidades, o Ekar, que foi criado para atender o mercado de gravel.

Porem, a empresa italiana não divulgou os motivos da decisão de não manter contrato com nenhuma formação do World Tour, o que deixa de fora todas as provas mais importantes do calendário mundial, onde se inclui, as Clássicas, os três Grand Tours, os Jogos Olímpicos e o Campeonato Mundial de Ciclismo, porem, fala-se de que os motivos mais óbvios será a diminuição de verba para o marketing, como o investimento em publicidade, que são talvez mais eficazes, e menos dispendiosas.


Porem, temos de referir de que a Campagnolo foi uma marca que ganhou quarenta e duas Voltas a França, contra a Shimano que conseguiu doze, mas a decisão de ficar de fora do ciclismo internacional, poderá vir num futuro a trazer más sequências para o futuro da empresa, não sendo muito positivo para a mesma que sendo o maior fabricante de componentes, deixe de patrocinar as grandes equipas profissionais.

Neste momento a marca italiana fica de fora das grandes guerra das “Duas Grandes”, o que pode fazer com que a Campagnolo pareça que tenha menor qualidade e importância, que as restantes marcas que dominam o ciclismo de estrada, já que os componentes são bons, tem de aguentar, e manter-se no ciclismo de alto nível, e marcar presença no ciclismo de ponta, é fundamental não apenas para a pesquisa, mas também para o desenvolvimento de novos componentes.

Nunca em algum tempo de globalização, a marca italiana da Campagnolo perdeu as rédeas, e foram absorvidos pelos concorrentes, porem, aqueles mais otimistas acreditam que a marca italiana irá voltar ao pelotão do World Tour, nas próximas temporadas, veremos e aguardamos novas novidades.

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