Felipe Nystrom lembra infância e adolescência difíceis e assume que chegou a estar "completamente desesperado"
Por: Record
Foto: Getty Images
Felipe Nystrom, ciclista
costa-riquenho, fez um relato impressionante dos tempos difíceis que passou na
infância e na adolescência, onde o álcool e as drogas infernizaram a sua vida.
Atualmente a competir ao lado de nomes de destaque do ciclocross, Nystrom
garante que tentou matar-se em inúmeras ocasiões.
"Aconteceram-me
muitas coisas boas e outras tantas más. As minhas primeiras memórias em criança
são de medo e pânico. O pai do meu irmão, um refugiado da guerra em El
Salvador, tinha muitos problemas e solucionava-os com o álcool. Abusava de mim,
batia-me com o que tinha à mão. Sentia que, para as pessoas à minha volta, era
fácil magoar-me. Passaram-se coisas parecidas na escola, nunca fui muito
popular", começou por contar à 'Marca'.
Aos 18 anos, e já com uma
longa bagagem, o costa-riquenho entrou no mundo das drogas. "Experimentei de tudo. Fui para outro mundo. Deixei
o desporto e conheci aquela que viria a ser a minha companheiro e mãe do meu
filho. Fui perdendo empregos, expulsavam-me. Houve noites em que quase morri.
Foi aí que me apercebi que estava sozinho e que ninguém me queria",
explicou.
Com esta espiral negativa,
garante, começaram os problemas: "Cheguei
a um ponto em que até rezava para não amanhecer. Pensava 'nem para me suicidar
sirvo'. Desejava que me atropelassem, que me dessem um tiro, até atravessava a
rua sem olhar para ver se me atropelavam. Quando ia comprar droga aos bairros,
entrava como se fosse o dono com esperança que, se alguém me visse, me matasse.
Pensava que tinha câmaras e microfones [escondidos] no meu apartamento. Ouvia
vozes, via coisas... Enquanto andava na rua, ouvia sons de alguém a falar pela
rádio. Pensava que o FBI, a CIA ou a DEA me vinham buscar. Estava completamente
desesperado, não tinha vida. Achava que não havia nada melhor do que alguém
entrar pelo meu apartamento e dar-me um tiro", rematou.
Fonte: Record on-line
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