Ciclista esloveno considera estar no bom caminho para destronar Jonas Vingegaard, o ciclista dinamarquês que lidera a Volta a França
Por: Lusa
Foto: AFP or licensors
Tadej Pogacar garantiu hoje
sentir-se melhor dia após dia, considerando estar no bom caminho para
‘destronar’ Jonas Vingegaard, o ciclista dinamarquês que lidera a Volta a
França e com quem o esloveno diz ter “uma
bela rivalidade”.
“Não sei
quanto ao Jonas, mas eu sinto-me cada vez melhor a cada dia que passa. Estou
impaciente por regressar à estrada amanhã [terça-feira]”,
declarou hoje o corredor da UAE Emirates, em conferência de imprensa.
Pogacar defendeu “estar no bom caminho” para inverter a dinâmica inicial deste Tour, no
qual é segundo na geral, a apenas 17 segundos do campeão em título, depois de
ter encurtado distâncias para o dinamarquês da Jumbo-Visma nas duas últimas
etapas de montanha, tendo mesmo vencido a sexta, com chegada ao alto de
Cauterets-Cambasque.
O líder da juventude –
isolou-se já nesta edição como recordista de dias na liderança desta
classificação, somando até agora 62 assumiu não ter ficado surpreendido por ter
recuperado totalmente das fraturas no pulso esquerdo, sofridas numa queda na
Liège-Bastogne-Liège em finais de abril, que o ‘obrigaram’ a parar dois meses.
“Fiquei
mais surpreso por ter perdido tempo em Marie-Blanque [na quinta etapa]. Sabia
que estava bem quando cheguei à Volta a França, é a minha quarta
[participação]. Aprendi muito, também sobre a forma de correr”,
sustentou, numa alusão aos erros cometidos na passada edição, em que respondeu
a ataques que não tinha de responder e atacou quando não tinha de atacar, ‘ajudando’ Vingegaard
a ser o vencedor.
Embora admita que “seja agradável lançar-se em iniciativas solitárias de 50
quilómetros”, uma característica da sua forma de estar no
pelotão, ‘Pogi’, de 24 anos, notou
que “numa prova de três semanas é preciso
saber gerir, e correr com a cabeça”.
“Não
podes incendiar tudo num dia, e perder tudo no dia seguinte. Provavelmente,
estou a ficar velho. A minha vida com a camisola branca [da juventude] está a
chegar ao fim”, brincou.
Dizendo-se preparado para esta
semana e negando que os Alpes sejam mais favoráveis a Vingegaard uma ideia
defendida pelo dinamarquês no domingo, uma vez que tem melhorado “em ascensões longas” e sofre “menos com o calor”, Pogacar falou sobre o
seu duelo com o líder da Jumbo-Visma, que marca as edições da Volta a França
desde 2021.
“É uma
bela rivalidade. No ano passado, assistimos a uma das mais belas Voltas a
França da história. E nesta, já se passaram muitas coisas em apenas uma semana.
Lançámos ‘bombas’ um ao outro em cada etapa. Existe verdadeiramente uma grande
competição entre nós”, destacou.
Melhor corredor da sua
geração, com vitórias em grandes Voltas, mas também em ‘Monumentos’ do
ciclismo, o esloveno disse ainda esperar que a Jumbo-Visma “faça de tudo” para o fazer quebrar, como
aconteceu no ano passado no Col du Granon, na 11.ª etapa, quando ‘estourou’ e
perdeu 2.51 minutos para Vingegaard, no momento decisivo daquela ‘Grande Boucle’.
“Mas
estou preparado para responder a todas as táticas que eles utilizem”,
prometeu.
A 110.ª Volta a França
regressa à estrada na terça-feira, na 10.ª etapa, uma ligação de 167,2
quilómetros ‘acidentados’ entre Vulcania e Issoire.
Pogacar é segundo na geral,
atrás de Vingegaard, com o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe) a ser o
melhor dos ‘outros’, no
terceiro lugar, a 2.40 minutos.
Fonte: Sapo on-line
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