Equipa já tinha decidido não competir na Clássica da Arrábida
Por: Lusa
Foto: Rádio Popular-Boavista
A Rádio
Popular-Paredes-Boavista vai falhar a 40.ª Volta ao Alentejo por ter decidido
autossuspender-se na sequência dos casos de doping de Daniel Freitas e João
Benta, confirmou esta terça-feira à Lusa o diretor desportivo, José Santos, com
Record tinha noticiado na edição de domingo.
"Decidimos
autossuspender-nos, porque achamos que é a medida correta",
justificou José Santos, remetendo mais esclarecimentos para um comunicado que a
equipa publicará nas próximas horas.
A decisão da Rádio
Popular-Boavista surge na sequência dos casos de doping de Daniel Freitas,
arguido na operação 'Prova Limpa',
que foi suspenso em dezembro por três anos pela Autoridade Antidopagem de
Portugal (ADoP) por "posse de substância
e método proibido", e de João Benta.
O ciclista de Esposende foi
suspenso provisoriamente, a 7 de fevereiro, pela União Ciclista Internacional
(UCI) por "uso de métodos proibidos e/ou
substâncias proibidas", com as anomalias registadas no seu
passaporte biológico a reportarem-se ao seu período como ciclista dos 'axadrezados', equipa que representou
entre 2017 e 2021.
Benta, quinto classificado da
Volta'2020 e vencedor do Troféu do Joaquim Agostinho de 2015, foi um dos
ciclistas afastados da 83.ª edição da Volta a Portugal depois de a Polícia
Judiciária ter realizado buscas, a dois dias do arranque da corrida, "em locais ligados a equipas de ciclismo"
no âmbito da operação 'Prova Limpa', confirmou, na altura, à Lusa fonte ligada
à investigação, esclarecendo que o objetivo "principal
foi a recolha de prova, nomeadamente documentação".
Devido à suspensão de Benta, a
Rádio Popular-Paredes-Boavista viu a Comissão Disciplinar da UCI abrir-lhe um
processo, confirmou à Lusa fonte ligada ao processo, com a equipa axadrezada a
poder voltar a enfrentar uma suspensão por ter registado dois casos de doping
em menos de 12 meses.
A Rádio
Popular-Paredes-Boavista esteve suspensa 20 dias, entre 29 de abril e 18 de
maio de 2022, na sequência dos castigos aplicados a Domingos Gonçalves e David
Rodrigues, por irregularidades no passaporte biológico.
Na base da suspensão da equipa
esteve o artigo 7.12.1 do Regulamento Antidopagem da UCI, que preconiza que "se num período de 12 meses dois ciclistas e/ou
pessoas contratadas por uma equipa registada" naquele organismo forem notificados de "um resultado analítico adverso por um método ou
substância proibidos" ou "de uma violação antidopagem" resultante de alterações no passaporte biológico,
"a equipa deve ser suspensa [...] de
participar em eventos internacionais por um período a determinar"
pela Comissão Disciplinar da UCI.
"A
suspensão não deve ser inferior a 15 dias e superior a 45",
lê-se ainda naquele artigo.
A 40.ª Volta ao Alentejo
decorre entre quarta-feira e domingo, ligando Beja a Évora.
Fonte: Record on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário