Português Ruben Guerreiro é segundo na tabela geral
Por: Lusa
Foto: Twitter/Team Jumbo-Visma
Jonas Vingegaard gosta de
ganhar e, por isso, esta sexta-feira, atacou no Monte Trega para garantir a
vitória na segunda etapa do Gran Camiño e a liderança da geral, na qual o
ciclista português Ruben Guerreiro é segundo.
Na primeira etapa a contar da
prova galega, o dinamarquês da Jumbo-Visma foi implacável: saltou no início da
dura subida de segunda categoria, cavou uma vantagem confortável para os
perseguidores, que nem o empedrado do 'viacrucis'
anulou, e cortou a meta em 4:33.33 horas, deixando o mais direto perseguidor, o
português Ruben Guerreiro (Movistar), a 21 segundos.
"Gosto
de correr e gosto de ganhar. Hoje, queria tentar ganhar e, felizmente, tive as
pernas para fazê-lo e estou super contente por ter triunfado",
resumiu o vigente campeão do Tour, visivelmente radiante pelo seu feito.
Perante tamanha exibição de
superioridade de Vingegaard, Guerreiro limitou-se a tentar encurtar distâncias,
com uma aceleração no empedrado, e acabou por demonstrar ser o segundo melhor
do pelotão do Gran Camiño, ao chegar à frente de Ion Izagirre (Cofidis),
terceiro a 24 segundos.
Na geral, o português da
Movistar tem 28 segundos de atraso sobre o ciclista da Jumbo-Visma e três de
vantagem face a Izagirre.
Após a terrível primeira
etapa, neutralizada pela queda de neve, o sol apareceu no 'Caminho de Pontevedra', a ligação de
184,3 quilómetros entre Tui e o Monte Trega, para a qual Jonas Vingegaard e
Sebastian Schönberger (Human Powered Health) partiram virtualmente com três
segundos de vantagem sobre o pelotão, por terem vencido os dois sprints
bonificados da cancelada jornada inaugural.
Com a liderança da prova
galega em mente, o austríaco lançou-se em fuga estavam decorridos pouco mais de
uma dezena de quilómetros, na companhia de Unai Quadrado (Euskaltel-Euskadi),
Josu Etxeberria (Caja Rural), Antonio Angulo (Burgos-BH), Alexander Konychev
(Corratec), Mattia Bais (EOLO-Kometa) e Alejandro Ropero (Electro Hiper
Europa).
Schönberger distanciou-se
virtualmente de Vingegaard, ao conquistar mais dois segundos de bonificação no
primeiro sprint intermédio, mas com menos de três minutos de vantagem sobre o
pelotão, placidamente liderado pela Jumbo-Visma, e com o espetacular Monte
Trega para subir, a empreitada do ciclista da Human Powered Health estava
condenada à partida.
Foi já na aproximação à
contagem de montanha de segunda categoria que desembocava na meta que os
fugitivos foram apanhados, após largos quilómetros à vista do pelotão o grupo
principal chegou praticamente a parar para prolongar a escapada, anulada apenas
a 14 quilómetros da meta.
No Alto da Cruz da Portela, a
Jumbo-Visma aumentou o ritmo, antecipando o que aconteceria nos 3,5 quilómetros
de subida a Santa Trega, com uma pendente média de inclinação de 7,9% e cerca
de 300 metros de empedrado de uma 'viacrucis'
que terminava a menos de 400 da meta.
O corredor da casa Delio
Fernández (AP Hotels&Resorts-Tavira-Farense) tentou a sua sorte ainda antes
da ascensão final, mas a diferença de forças relativamente à todo-poderosa
formação neerlandesa foi por demais evidente, com a corrida a seguir controlada
até ao sopé do Monte Trega.
Com a Movistar de Ruben
Guerreiro à espreita, foi Ion Izagirre o primeiro a agitar o grupo de favoritos
no início da subida, antes do campeão do Tour2022 lançar um demolidor ataque, a
2,4 quilómetros da meta, ao qual ninguém respondeu.
O dinamarquês continuou a
pedalar ao seu ritmo, aumentando cada vez mais o fosso para os rivais, que
ficaram sem reação. Izagirre assumiu inicialmente a perseguição, com Guerreiro
na roda, mas foi o monegasco Victor Langellotti (Burgos-BH), vencedor da oitava
etapa da última Volta a Portugal, o único capaz de saltar do grupo, para seguir
no encalce do futuro vencedor da etapa.
Foi no empedrado que Guerreiro
reagiu, mas a sua aceleração já só foi suficiente para ser segundo na meta,
onde Joaquim Silva (Efapel) foi o segundo melhor ciclista português, num
honroso 12.º lugar, a 39 segundos de Vingegaard.
Silva, que também foi o melhor
luso na Volta ao Algarve, ocupa a mesma posição na geral, a 52 segundos do
homem que confirmou esta sexta-feira que adora vestir de amarelo.
"Agora,
temos de ver como me sinto amanhã [sábado] e decidiremos a partir daí",
disse Vingegaard, assumidamente satisfeito por ter vencido (e por liderar) a
sua primeira prova da época.
A vitória final do dinamarquês
de 26 anos parece ser, agora, um pró-forma, uma ideia que poderá ser reforçada
no sábado, na terceira etapa, uma ligação de 163 quilómetros entre Esgos e
Rubiá, onde está instalada uma contagem de montanha de primeira categoria.
Fonte: Record on-line
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