Português reforçou os quadros da Movistar
Por: Lusa
Foto: Reuters
Ruben Guerreiro quer seguir as
'pisadas' de Alejandro
Valverde na Movistar, equipa na qual vai procurar aperfeiçoar as suas
qualidades de trepador e de ciclista de "clássicas
acidentadas", mas também merecer o estatuto de líder numa
grande Volta.
Em declarações à agência Lusa,
no dia em que foi confirmado como um dos três reforços da única formação
espanhola do World Tour para a próxima temporada, Guerreiro explicou que
escolheu a Movistar "com base na
carreira desportiva e na ambição de dar um passo em frente".
"A Movistar é das maiores estruturas do
ciclismo, com muita história, e acredito que lá possa atingir todo o meu
potencial. Mesmo com 28 anos, acredito que não o tenha atingido",
assumiu, sem deixar de elogiar a EF Education-EasyPost, a equipa na qual fez "um trabalho muito bom" nas últimas três épocas e à qual agradece "imenso".
Guerreiro assinou um contrato
até 2025 com a telefónica, uma equipa "perto
de casa", com um historial de "grandes campeões" e na qual os portugueses "sempre se deram bem".
Antes do corredor de Pegões
Velhos (Setúbal), pelas diferentes 'versões'
da equipa espanhola passaram Orlando Rodrigues, Cândido Barbosa, Rui Costa,
Nuno Bico e Nelson Oliveira, que cumprirá a oitava temporada na Movistar na
próxima época. "Penso que é uma
estrutura que me pode levar a trabalhar nas melhores condições, a ser ainda
mais trepador, mais homem de clássicas acidentadas. Acredito que possa fazer
uma boa grande Volta no futuro breve, é esse um dos meus objetivos",
indicou à Lusa.
O português escusa-se, para
já, a falar da liderança numa prova de três semanas: "Vamos ver. Vou ter que provar isso primeiro. Entrar
bem no início do ano e provar que mereço ser líder numa grande Volta".
Guerreiro prefere, isso sim,
destacar os paralelismos entre si e aquele que era o maior ícone da equipa, o
espanhol Alejandro Valverde, que se reformou na Volta à Lombardia, em 08 de
outubro, aos 42 anos, após uma carreira na qual somou 133 triunfos, entre os
quais a Vuelta2009, cinco Flèche Wallone, quatro Liège-Bastogne-Liège ou um
título mundial (2018).
"Tenho
grande admiração pelo Valverde e por aquilo que ele fez. Numa outra dimensão,
completamente à parte, tenho umas características semelhantes às dele. Acho que
é um bom 'match', um bom encaixe e gostava de seguir o percurso dele",
confessou.
O ainda corredor da EF
Education-EasyPost chegou à formação norte-americana em 2020 vindo da
Katusha-Alpecin (2019). Antes, tinha-se estreado no World Tour com as cores da
Trek-Segafredo (2017-2018), depois de ter dado o salto a profissional na 'fábrica de talentos' Axeon (2015-2016).
O ciclista português, campeão
nacional de fundo em 2017, consolidou-se no pelotão internacional após
exibições valorosas e combativas, nomeadamente na Volta a Itália de 2020, na
qual se coroou 'rei' da
montanha e venceu uma etapa.
As prestações consistentes em
grandes Voltas foi 17.º na estreia na Vuelta (2019) e 18.º na primeira presença
no Tour (2021) e o triunfo no Mont Ventoux Dénivelé Challenge, em junho, em
França, além de resultados de destaque esta temporada no Critério do Dauphiné (foi
nono), na Volta a Burgos (sexto), na Volta a Alemanha (terceiro) ou na Flèche
Wallone (sétimo), abriram-lhe as portas da Movistar.
Fonte: Record on-line
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