Aleks e o pai, Lasse, pedalaram 1.250 quilómetros de bicicleta em 14 dias
Por: Lusa
Foto: Reuters
Aleksander Haaberg, o único
nadador norueguês a participar nos Mundiais para pessoas com Síndrome de Down,
chegou a Albufeira com o pai, depois de ter pedalado 1.250 quilómetros para "alertar consciências" e
conseguir apoios.
De Alicante, em Espanha, a
Albufeira, onde até sábado decorrem os Mundiais, Aleks e o pai, Lasse,
pedalaram 1.250 quilómetros de bicicleta em 14 dias, e arrecadaram cerca de 700
euros para apoiar uma associação internacional que promove o desporto para pessoas
com Síndrome de Down.
Para o pai, o desafio teve
ainda um outro objetivo: "Mostrar que se
forem encorajadas e apoiadas as pessoas com Síndrome de Down podem fazer quase
tudo". "A atitude
dele durante todo este desafio foi extraordinária, em momento algum mostrou que
estava insatisfeito ou que queria parar", contou o pai à
agência Lusa, lembrando que houve partes do percurso "com grandes desafios e difíceis",
sobretudo na zona de Extremadura, em Espanha.
Lasse Haaberg mostrou-se
também muito satisfeito com o facto de Aleks ser olhado com um exemplo de
vontade: "Em Évora, encontrámos uma
menina pequena que também tem Síndrome de Down, e ficámos à conversa com o pai.
Expliquei-lhe todas as vantagens de praticar desporto, acho que o
convenci". "Não
tenho dúvidas de que o desporto melhorou muitas capacidades do meu filho e o
tem ajudado muito. Ele pratica desporto desde criança, esqui, ciclismo e
natação. Recentemente, começou a jogar futebol e a praticar atletismo e
ginástica. Tudo isto lhe traz benefícios", refere o pai.
Nos cerca de 100 quilómetros
que faziam durante cada dia, pai e filho ouviam música, outras das paixões de
Aleks, que toca bateria, e cantavam.
A câmara de filmar instalada
numa das bicicletas ia guardando toda a aventura e, diariamente, a irmã de
Aleks ia colocando um resumo nas redes sociais para que todos pudessem
acompanhar a aventura rumo à 10.ª edição dos Mundiais DSISO (Organização
Internacional de Natação para Síndrome Down), que decorrem até sábado em
Albufeira.
Em Trondheim, a sua cidade
natal, Aleks trabalha como repositor num supermercado, e vive sozinho num
apartamento bem próximo da família, e consegue, segundo o pai, "ter uma vida praticamente independente".
Os 1.250 quilómetros entre
Alicante e Albufeira não foram o primeiro grande desafio velocipédico de Aleks.
Em 2015, acompanhou o pai e um grupo de amigos numa aventura de 1.200
quilómetros que serviu para angariar fundos para os refugiados. A 10.ª edição
do Mundial DSISO de natação adaptada e natação artística junta cerca de 200
atletas, entre os quais 10 portugueses, de 24 países, e decorre pela segunda
vez em Albufeira.
Na natação adaptada para
pessoas com Síndrome de Down, os atletas competem divididos em duas classes,
consoante o grau da doença, de origem genética e da área da deficiência
intelectual.
Fonte: Record on-line
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