Ciclista considera o 12.º lugar conseguido na corrida de scratch dos Mundiais de pista um resultado "mediano"
Por: Lusa
O 12.º lugar na corrida de
scratch dos Mundiais de pista, conseguido por Maria Martins em
Saint-Quentin-en-Yvelines, é "mediano" e abaixo do que a portuguesa se sentia capaz de
fazer, mas a ciclista olímpica está focada no omnium.
"É
um resultado mediano. Para as minhas condições físicas e para a experiência que
já tenho, podia ter sido um resultado bem mais positivo. Ainda assim, não deixa
de ser, digamos, positivo. Fiz uma corrida consistente, e apesar de não haver
situações de corrida que endurecessem a prova, estive bem colocada",
analisa, em declarações à Lusa, pouco depois de descer da pista no Velódromo
Nacional, em França.
'Tata'
Martins foi 12.ª numa corrida ganha pela italiana Martina Fidanza, que se
tornou bicampeã do mundo após um primeiro título ganho em 2021, à frente da
neerlandesa Maike van der Duin, segunda, e da britânica Jessica Roberts,
terceira.
A portuguesa conseguiu nesta
corrida, em 2020, o primeiro e único pódio em Mundiais de elite da pista na
vertente feminina, um bronze que mostra o potencial na prova, que também
integra o concurso do omnium.
Esta corrida "é aleatória", em que "70% é posicionamento", no que
toca ao que faz a diferença no resultado final, e aí, segundo Martins, "não foi possível estar melhor colocada",
sobretudo na abordagem ao 'sprint'
final.
"Espero
no scratch do omnium poder fazer melhor, e é para isso que cá estamos, aprender
com as falhas e seguir melhorando. É todo um processo",
admite.
A ciclista de 23 anos afirma
que o omnium, no qual foi sétima classificada em Tóquio2020, numa participação
pioneira de um 'pistard'
português em Jogos Olímpicos, é "sempre
a prioridade".
"Sexta-feira
[dia do omnium feminino] é o nosso primeiro objetivo. Quero estar bem aí,
seguir o objetivo e ter a pontuação máxima possível", atira.
Ainda que estes Mundiais não
pontuem diretamente para a qualificação para Paris2024, têm ponderação no 'ranking' mundial
da União Ciclista Internacional, a caminho dos Campeonatos do Mundo de 2023,
determinantes, e outras provas pontuáveis.
O scratch é uma corrida de 10
quilómetros, para o pelotão feminino (no masculino são 15), e é a mais simples
de descrever no que à pista diz respeito: a primeira ciclista a cortar a meta é
a vencedora, sem outras formas de pontuar ao longo das 40 voltas.
Esta corrida integra o
concurso do omnium, assim como tempo, eliminação e pontos, decorrendo ao longo
da próxima sexta-feira no Velódromo Nacional.
Esta quinta-feira, será
Daniela Campos a primeira portuguesa em prova, na corrida de eliminação, pelas
18:57 de Lisboa, seguindo-se Rui Oliveira no scratch, pelas 19:49.
Portugal está representado em
Saint-Quentin-en-Yvelines por Ivo Oliveira, Rui Oliveira, João Matias, Maria
Martins e Daniela Campos, num Campeonato do Mundo que decorre até domingo no
mesmo velódromo que vai acolher a especialidade nos Jogos Olímpicos Paris2024.
Fonte: record on-line
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