Experiente australiano foi afetado por "problemas de estômago"
Por: Lusa
Foto: Instagram
O ciclista australiano Richie
Porte (INEOS) despediu-se esta sexta-feira das grandes Voltas de forma infeliz,
ao ser forçado a abandonar o Giro durante a 19.ª etapa, devido a doença.
O escudeiro do camisola rosa
Richard Carapaz descolou do pelotão logo nas primeiras subidas da 19.ª etapa,
que está a ligar Marano Lagunare ao Santuário de Castelmonte, num total de 178
quilómetros, e acabou mesmo por desistir, quando já perdia largos minutos para
o grupo.
"Podemos
confirmar que Richie Porte abandonou a Volta a Itália durante a 19.ª etapa,
devido a doença", informou a INEOS, na sua conta na rede
social Twitter, já depois de também a organização da 'corsa rosa' ter
avançado a desistência do experiente australiano, afetado por "problemas de estômago".
Ciclista emblemático do
pelotão, quer pela sua perseverança, quer pelos vários azares de que foi vítima
ao longo da sua carreira, Porte, de 37 anos, escolheu o Giro para despedir-se
das grandes Voltas, uma decisão que justificou ainda antes do arranque da
'corsa rosa'.
"Os
meus dias como amador foram passados em Itália e essa foi a minha aprendizagem
velocipédica. Depois, fui ao Giro2010 como neo-profissional e, de repente,
estava a vestir a camisola rosa durante três dias. Isso foi incrível e ainda
permanecem como algumas das melhores memórias da minha carreira, para ser
sincero. É um privilégio fechar o ciclo e acabar o meu percurso nas grandes
Voltas no Giro", assumiu, em declarações reproduzidas no
site da INEOS.
Na sua estreia na Volta a
Itália, há 12 anos, Porte alcançou a sua melhor classificação na prova, ao ser
sétimo na geral final, um sucesso que não voltaria a repetir.
Vencedor de algumas das
principais corridas do calendário internacional, como o Critério do Dauphiné
(2021), o Paris-Nice (2013 e 2015), a Volta à Catalunha (2015), o Tour Down
Under (2017 e 2020), a Volta à Suíça (2018) ou a Volta à Romandia (2017), Porte
nunca foi feliz nas grandes Voltas até 2020, quando, contra todos os
prognósticos, foi terceiro classificado do Tour e subiu ao pódio nos Campos
Elísios.
Após iniciar o seu percurso na
Saxo Bank (2010), passou pela Sky (2012-2015), pela BMC (2016-2018) e pela
Trek-Segafredo (2019-2020), antes de regressar à formação britânica para
assumir o papel de trabalhador.
A INEOS perde, assim, o
principal gregário de Carapaz, que tem apenas três segundos de vantagem sobre o
segundo classificado, o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe), e o pelotão
do Giro um dos 'clássicos',
numa temporada que será marcada por muitas despedidas entre nomes sonantes do
ciclismo.
Fonte: Record on-line
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