Nelson Oliveira foi o melhor português em prova, fechando em 16º lugar, e João Almeida cortou a meta no 40.º
Por: Lusa
Foto: Lusa/EPA
O ciclista esloveno Tadej
Pogacar (UAE Emirates) venceu este sábado a Volta à Lombardia, juntando o
último Monumento da temporada à Liège-Bastogne-Liège e à Volta a França, também
conquistados em 2021.
Pogacar, de apenas 23 anos,
cumpriu os 239 quilómetros entre Como e Bérgamo em 6:01.39 horas, batendo no
sprint a dois o italiano Fausto Masnada (Deceuninck-QuickStep), segundo
classificado.
Atrás, um grupo de
perseguidores com os restantes favoritos teve no britânico Adam Yates (INEOS) o
mais rápido, ocupando o último lugar do pódio, com o campeão mundial, o francês
Julian Alaphilippe (Deceuninck-QuickStep) em sexto, e o esloveno Primoz Roglic
(Jumbo-Visma) em quarto.
A 2,25 minutos do vencedor, o
primeiro estreante a vencer 'Il Lombardia' desde Damiano Cunego em 2004, ficou
o português Nelson Oliveira (Movistar), no 16.º posto.
Aos 41 anos, o espanhol
Alejandro Valverde (Movistar) foi quinto em mais um Monumento, um que nunca
venceu, mas em que já foi segundo três vezes.
Pogacar continua a brilhar nos
principais palcos do ciclismo mundial, juntando desta feita o seu segundo Tour
a dois Monumentos, sendo o primeiro ciclista a vencer Liège e Lombardia no
mesmo ano desde 1987, e o primeiro a juntar a 'grande boucle' a 'Il Lombardia'
desde 1979.
O momento decisivo para o
triunfo foi o ataque no Passo di Ganda, a solo, a 35 quilómetros da meta, com
Masnada a juntar-se na descida, sem que pudesse abrandar o ritmo na frente,
para o grupo perseguidor com Alaphilippe fazer a junção, nem bater o esloveno
no sprint.
'Pogi' juntou-se este sábado a
uma muito restrita lista de ciclistas que venceram pelo menos uma grande Volta
e dois Monumentos numa mesma temporada: Eddy Merckx, a grande lenda do ciclismo
belga, fê-lo quatro vezes, em 1969, 1971, 1972 e 1973, depois de o italiano
Fausto Coppi ter conseguido o feito pela primeira vez, em 1949.
"É
de doidos. Depois desta temporada, é de doidos acabar assim. Estou sem
palavras", admitiu o vencedor.
Após o final da corrida, olhou
para o trabalho de Masnada, que "conhece muito bem estas estradas",
que não sabia se colaboraria, mas conseguiu "uma vantagem suficiente"
para os perseguidores para poder chegar ao triunfo.
"Todas
as vitórias são importantes, mas esta é especial, tenho sonhado com disputar a
Lombardia e correr contra os melhores há muito tempo. Agora estou aqui e
ganhei, é de doidos", reforçou.
Na última corrida ao serviço
da Deceuninck-QuickStep, com contrato assinado para 2022 com a UAE Emirates de
Pogacar, João Almeida cortou a meta no 40.º posto, a 6.56 minutos do futuro
colega de equipa.
Fonte: Record on-line
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