Jovem australiano Alastair Mackellar vence em Torres Vedras
Por: José Carlos Gomes
O australiano Alastair Mackellar
(Israel Cycling Academy) conquistou hoje, ao sprint, a segunda etapa do 44.º Grande
Prémio Internacional de Torres Vedras/Troféu Joaquim Agostinho, uma ligação de
166 quilómetros, entre Arruda dos Vinhos e Torres Vedras. Frederico Figueiredo
(Efapel) mantém a camisola amarela.
A tirada, que poderia ser
simplesmente de transição entre duas jornadas com final em alto, acabou por ser
muito trabalhosa para a Efapel, devido à postura ofensiva da W52-FC Porto, da
Rádio Popular-Boavista e da Euskaltel-Euskadi, que lançaram homens fortes para
a fuga.
A escapada, iniciada pouco depois do quilómetro 20 por Tiago Machado (Rádio Popular-Boavista), João Matias (Louletano-Loulé Concelho), Ricardo Mestre e José Mendes (W52-FC Porto), Joan Bou (Euskaltel-Euskadi), Fábio Oliveira (Antarte-Feirense), Mario Aparicio (Burgos-BH), não foi de imediato anulada, apesar de ter entre os seus elementos o sétimo da geral à partida, o representante da equipa basca.
A fuga foi ganhando corpo, com a
diferença a subir para perto dos três minutos. A Efapel foi aí obrigada a horas
extra. Ainda mais quando João Rodrigues (W52-FC Porto) e Alberto Gallego (Rádio
Popular-Boavista) fizeram a “ponte” para a frente da corrida, após a subida do
Parque Eólico da Carvoeira.
Com a entrada nas quatro voltas ao circuito de Torres Vedras, o desgaste era evidente entre alguns fugitivos, mas também no pelotão, que ia perdendo unidades. Ricardo Mestre e Alberto Gallego foram os fugitivos que mais se aguentaram na frente da corrida, mas sucumbiriam à última passagem na Serra da Vila.
A chegada acabaria por ser ao
sprint, entre um grupo com pouco mais de 20 unidades. Alastair Mackellar cortou
a meta à frente, com 4h07m50s (média de 40,188 km/h). O segundo foi Rafael
Silva (Antarte-Feirense) e o terceiro Tiago Antunes
(Tavfer-Measindot-Mortágua).
“Sabia que hoje seria muito duro,
devido às subidas inclinadas no circuito final. Sofri na última subida, porque
sabia que se passasse poderia vencer. Ainda nem acredito que consegui o meu
primeiro triunfo como profissional”, congratulou-se
Alastair Mackellar, que confessa ainda estar a descobrir-se como ciclista, no
primeiro ano de sub-23, depois de um percurso mais voltado para a pista nas
camadas jovens,
Frederico Figueiredo conseguiu
manter a camisola amarela, graças ao esforço dos companheiros da Efapel. O
camisola amarela foi o único homem da estrutura de Águeda a chegar no primeiro
grupo. José Neves (W52-FC Porto) continua na segunda posição, a 19 segundos.
João Benta (Rádio Popular-Boavista) mantém-se no terceiro posto, a 21.
“A equipa da W52-FC Porto tem um bloco muito forte nesta corrida, enquanto nós viemos com um grupo mais jovem. Foi um dia muito duro. Mas tenho de agradecer a toda a minha equipa, que fez um excelente trabalho, mostrando ser um bloco muito coeso e com grande profissionalismo. Amanhã é o último dia e tudo faremos para manter a camisola amarela. Seria para mim um grande orgulho vencer mais uma edição desta corrida que homenageia uma figura como Joaquim Agostinho”, confessa Frederico Figueiredo.
O comandante da geral individual
também continua à frente na classificação por pontos. Joan Bou passou a
comandar a geral da montanha, João Matias saltou para a frente da classificação
das metas volantes e Mason Hollymann (Israel Cycling Academy) é agora o melhor
jovem. A Rádio Popular-Boavista assumiu o comando por equipas.
As decisões ficaram guardadas para
a terceira e última etapa, a disputar neste domingo, entre Serra d’El Rei e o
Alto de Montejunto. É a mais longa viagem da competição, 185 quilómetros, mas o
mais decisivo será o perfil orográfico, com a meta a coincidir com um prémio de
montanha de primeira categoria. O desgaste das duas primeiras etapas irá,
certamente, passar algumas faturas. Falta apenas saber a quem.
Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo
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