Equatoriano da INEOS foi terceiro na etapa, a dois segundos do camisola amarela
Por: Lusa
Foto: EPA
Richard Carapaz considerou
esta quinta-feira que o pódio final da Volta a França em bicicleta está "quase decidido", enquanto Tadej
Pogacar só pensa em desfrutar, depois de assegurar a vitória na classificação
da montanha, definida como "uma prenda
suplementar".
"Ainda
faltam dois dias e pode acontecer qualquer coisa, mas penso que o pódio está
quase decidido", declarou o terceiro da geral, após uma
"dura" 18.ª etapa, na qual teve "um
resultado bom, porque esteve na discussão pela vitória" na
tirada, conquistada por Tadej Pogacar (UAE Emirates).
O equatoriano da INEOS foi
terceiro na etapa, a dois segundos do camisola amarela, e mostrou-se satisfeito
com o resultado alcançado, "depois do
esforço incrível de toda a equipa", que impôs o ritmo
durante as duas subidas, o Tourmalet e Luz Ardiden (esta coincidente com a
meta), dos 129,7 quilómetros desde Pau.
"O
nosso objetivo era tentar ganhar a etapa e tentámos até ao final. Sabíamos que
os nossos rivais estavam mais fortes, pelo que estou bastante contente com o
que consegui", assumiu o vencedor do Giro'2019, que
esta quinta-feira voltou a ficar atrás do vice-líder da geral, o dinamarquês
Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma).
Os três primeiros chegaram
isolados ao alto de Luz Ardiden, onde o campeão em título ganhou pela terceira
vez (a segunda consecutiva) nesta edição e garantiu a vitória final na
classificação da montanha, acrescentando ao seu palmarés a emblemática camisola
dos pontos, "uma prenda
suplementar", que, contudo, e com muita pena sua, não vai
poder vestir, por ter a amarela, "o
verdadeiro grande objetivo", na sua posse.
"Estou
encantado, vivo numa realidade paralela neste momento. Ganhar uma segunda etapa
com a camisola amarela é algo em que tenho dificuldade em acreditar. Em
criança, sonhava apenas estar à partida do Tour, não o ganhar",
assumiu.
Questionado sobre o sorriso
que raramente abandona o seu rosto, mesmo quando está a escalar montanhas, o
esloveno de 22 anos lembrou o propósito do desporto: "divertirmo-nos, desfrutar ao fazer o nosso
trabalho".
"Os
meus treinadores e o meu diretor desportivo dizem-me sempre 'continua a
divertir-te, isto é um jogo, às vezes ganhas, outras perdes'. E mesmo quando
tenho um dia mau, outro melhor virá", completou.
O líder da UAE Emirates
revelou ter adorado esta etapa, "mesmo
tendo sido difícil no Tourmalet, onde a INEOS impôs o ritmo".
"Mas, quando tenho boas pernas, tento
sempre atacar. O objetivo é desfrutar", declarou,
mostrando-se satisfeito por pertencer a uma nova geração do ciclismo, que, na
sua opinião, proporcionará uma década bonita à modalidade.
"Acredito
que estamos perante uma boa geração. O ciclismo é agora diferente relativamente
ao passado e estou orgulhoso de pertencer a esta nova vaga",
concluiu, referindo-se a jovens valores com credenciais comprovadas, como o seu
vice-líder Vingegaard e o vencedor do Tour2019 e do Giro2021, o colombiano Egan
Bernal (INEOS), ambos com 24 anos, e até Remco Evenepoel
(Deceuninck-QuickStep), ainda uma incógnita em grandes voltas aos 21 anos.
Mais veterano, apesar dos seus
26 anos, Enric Mas (Movistar) foi esta quarta-feira quarto na etapa, falhando
os dois objetivos a que se propôs na 18.ª tirada, embora tenha atacado a 700
metros do alto de Luz Ardiden, numa movimentação que fez saltar Pogacar.
"Eu
vim aqui à procura do pódio e, neste momento, sou sexto, por isso não estou
satisfeito. Vou tentar fechar da melhor maneira possível este Tour, que ainda
faltam dias duros, especialmente o contrarrelógio de sábado",
disse o quinto classificado da edição do ano passado, que está a mais de quatro
minutos de Carapaz.
Fonte: Record on-line
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