A edição de 2020 da Volta a
Portugal em bicicleta vai poder realizar-se mediante as restrições aprovadas
pela Direção-Geral da Saúde (DGS), confirmou hoje a Secretaria de Estado da
Juventude e do Desporto.
Em resposta à Federação
Portuguesa de Ciclismo (FPC), a que a Lusa teve hoje acesso, o secretário de
Estado da Juventude e do Desporto afirmou que, com o plano sanitário
apresentado e mediante a resolução do Conselho de Ministros que permite
competições individuais ao ar livre desde 01 de junho, “estão reunidas as
condições para a sua realização nos termos propostos”.
A principal prova velocipédica
do calendário nacional enquadra-se nas orientações para a retoma de competições
ao ar livre de modalidades individuais, mas João Paulo Rebelo reconheceu
especial atenção à Volta.
“No caso da Volta a Portugal em bicicleta,
esta competição foi alvo de uma avaliação concreta por parte da DGS, quanto às
medidas de mitigação a serem implementadas com vista à redução do risco de
contágio da covid-19, que foram propostas pela FPC”, lê-se na referida carta.
João Paulo Rebelo rematou a
resposta à FPC com a confirmação da possibilidade de concretizar a 82.ª edição
da prova, que vai para a estrada entre 29 de julho e 09 de agosto.
“Tendo por base estes
documentos e o plano que a FPC apresentou à DGS e a este gabinete, bem como as
medidas que a organização da Volta a Portugal em bicicleta se propõe
implementar, estão reunidas as condições para a sua realização nos termos
propostos”, vincou o governante.
Na sexta-feira, em resposta
enviada à Lusa, a DGS afirmou que, “de acordo com plano apresentado”, está
previsto que “a prova decorra de 29 de julho a 09 de agosto”, assegurando o distanciamento
social e interditando concentrações com mais de 20 pessoas.
Neste domingo, a FPC divulgou
o plano de contingência para a realização da Volta a Portugal, que inclui a
realização de testes à covid-19 aos ciclistas antes de uma quarentena e 24 horas
antes do início da prova.
“A distância das etapas e o
número máximo de participantes sofrerão cortes face aos limites máximos
regulamentares”, detalhou o organismo federativo, que vai restringir o acesso
do público às áreas de partida e chegada das etapas.
As equipas estrangeiras
presentes, além da exigência anterior, terão de comprovar a realização de
testes à covid-19 a todos os elementos (ciclistas e ‘staff’) com resultado
negativo no máximo até cinco dias antes de entrarem em Portugal, de acordo com
a FPC.
Ainda segundo este plano
sanitário, a organização da prova vai ser responsável pela distribuição das
equipas pelas unidades hoteleiras, limitando o seu número na mesma unidade de
alojamento e criando corredores de circulação que permitam afastar os seus
membros dos restantes hóspedes.
Também no domingo, a Câmara
Municipal de Viana do Castelo decidiu interditar a passagem da corrida pelo
território do concelho, por "prudência" e para evitar "sinais
contraditórios" à sociedade.
Fonte: Sapo on-line
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