O 63º
Circuito de Santo António de Amares, prova pontuável para a Taça do Minho de
Ciclismo de Estrada - Arrecadações da Quintã, foi organizado conjuntamente pela
Associação de Ciclismo do Minho, AFAA - Associação das Festas Antoninas de
Amares e Câmara Municipal de Amares.
Num
dia excelente para a prática da modalidade, o 63º Circuito de Santo António de
Amares decorreu num clima de grande animação dentro e fora da corrida, com
muito público a aplaudir e a incentivar os ciclistas, enquanto no pelotão foram
muitas as tentativas de fuga e a respetivas respostas.
A
primeira tentativa de fuga foi protagonizada por António Silva, da UC Trofa,
logo nos primeiros quilómetros, mas o pelotão respondeu e anulou de imediato as
pretensões do atleta da trofa. Na passagem por Caldelas, Gonçalo Fonte
(Tensai/Sambiental/Santa Marta) e Gonçalo Martins (EFAPEL – Escola Ovar)
protagonizaram uma fuga que foi anulada ainda antes da passagem por Carrazedo.
Henrique Pereira (Vito/Feirense/PNB) também tentou a sua sorte e na primeira
passagem pela meta levava 10 segundos de vantagem para o pelotão, mas a
investida não surtiu efeitos.
Logo
após a passagem pela Ponte do Porto, três ciclistas – Daniel Dias
(Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact), Gonçalo Martins (EFAPEL –
Escola Ovar) e Pedro Leme (Fortunna) – encetaram nova tentativa de fuga que na
passagem por Pousada levava uma vantagem uma pequena vantagem. É então que o
atleta da EFAPEL se deixa ficar para trás e o pelotão tenta responder, mas a
verdade é que na passagem por Palmeira – terra de Peixoto Alves, ciclista de
renome no panorama do ciclismo nacional – o duo já levava uma vantagem de 40
segundos.
Daniel
Dias e Pedro Leme foram aumentando a vantagem e na segunda passagem pela meta
(primeira meta volante) mantinha uma diferença de cerca de um minuto.
O
duo manteve-se na liderança da corrida, sempre imune às várias tentativas do
pelotão em anular a fuga. EFAPEL e Tensai foram os clubes que mais trabalhavam
para tentar evitar que o duo aumentasse a vantagem, mas o certo é que na
segunda passagem por Besteiros Daniel Dias e Pedro Leme mantinham uma vantagem
de 50 segundos.
À
entrada em Caldelas o pelotão fragmentou-se, formando-se um grupo intermédio
composto por quatro ciclistas, que foi reduzindo a desvantagem para os fugitivos.
Daniel
Dias ainda conseguiu vencer a segunda Meta Volante, instalada na reta da meta,
deixando Pedro Leme no segundo posto, mas na passagem pelo centro de Amares os
fugitivos foram alcançados.
É
então que Bruno Silva (Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact) salta
para a frente da corrida e antes da entrada em Adaúfe alcança uma vantagem de
30 segundos. O pelotão tenta reagir e Gonçalo Fonte (Tensai/Sambiental/Santa
Marta) encabeça um grupo que segue na perseguição do atleta da Seissa. A Gonçalo
Fonte junta-se inicialmente João Silva e Flávio Fernandes
(Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact), e logo depois o seu colega de
equipa Roberto Cardoso e Tiago Sousa (UC Trofa), que vão reduzindo a
desvantagem e conseguem mesmo anular a fuga ainda antes da chegada a Palmeira.
Na
segunda passagem por Lago, o grupo de cinco ciclistas leva já uma vantagem de
20 segundos sobre o pelotão. A cerca de sete quilómetros da meta João Silva
(Seissa|KTM-Bikeseven|Matias&Araújo|Frulact) enceta uma nova fuga e apesar
da tentativa de reação por parte dos atletas da Tensai, a verdade é que o
barcelense foi ganhando terreno e acabou por vencer com uma vantagem de quatro
segundos sobre o grupo que o seguia. Bruno Silva (Seissa/KTM Bikeseven/Matias
& Araújo/Frulact) impôs-se aos restantes elementos do grupo intermédio e
terminou no segundo lugar, enquanto Tiago Sousa (UC Trofa) foi terceiro e
Roberto Cardoso (Tensai/Sambiental/Santa Marta) terminou no quarto posto. Ainda
com o mesmo tempo do segundo classificado terminou Flávio Fernandes (Seissa/KTM
Bikeseven/Matias & Araújo/Frulact).
Por
equipas venceu a Seissa/KTM Bikeseven/Matias & Araújo/Frulact, com o tempo
de 06;04:02, gastando menos 01.09m que o segundo classificado, a
Tensai/Sambiental/Santa Marta. A EFAPEL – Escola Ovar terminou na terceira
posição.
Isidro Araújo (Vice-Presidente da Câmara Municipal Amares):
“Queremos manter esta prova histórica”
Isidro
Araújo, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Amares, enalteceu a forma como
decorreu mais uma prova de ciclismo do Santo António de Amares.
“Congratulamo-nos com a forma como decorreu mais um Circuito de Santo António
de Amares. Esta é uma das provas mais antigas do país e temos a preocupação de
a incluir sempre nestas festas do Concelho de Amares. É uma tradição e é muito
importante para nós, para a população de Amares, que gosta de ciclismo e faz
questão de marcar presença para ver a prova”, afirmou o autarca.
“É
um evento que acarinhamos, que faz parte da nossa tradição e que esperamos ver
durante muitos e muitos anos”, referiu Isidro Araújo lembrando que o Município
de Amares “apoia os eventos desportivos que se realizam no concelho” e
lembrando que “o ciclismo é sempre bem-vindo a Amares e que, para além do
Circuito de Santo António, também recebemos e apoiamos o 18.º Prémio de
Ciclismo de Rendufe, que se realiza em Agosto”.
Paulo Gomes (Presidente da Junta de Freguesia de Ferreiros)
Paulo
Gomes, Presidente da Junta de Freguesia de Ferreiros, local de partida e
chegada do Circuito de Santo António de Amares, referiu que “a prova correu
bem, sem incidentes, e ao nível do que já nos habituou. Esta foi uma aposta
feita há muitos anos, aliás este circuito é dos mais antigos do país e
merece-nos um carinho especial”.
Para
o Presidente da Junta de Freguesia de Ferreiros “esta prova é uma referência a
nível nacional, já tem o seu prestígio e nós fazemos os possíveis para receber
todos os clubes e todos os ciclistas da melhor forma”.
Paulo
Gomes lembrou ainda que “esta prova é uma boa forma de darmos a conhecer o
concelho de Amares. Todos os anos traz aqui imensa gente, que acaba por
conhecer sempre mais um bocadinho desta região tão bonita e com tantas coisas
para oferecer”.
João Andrade (AFAA): “Ciclismo faz parte das Festas de Amares”
João
Andrade, presidente da AFAA - Associação das Festas Antoninas de Amares,
recordou que “este circuito, um dos mais antigos do país, faz sempre parte das
Festas d’Amares. Hoje ninguém aceitaria que se realizasse a Festa sem o
Circuito. A prova disso é que este ano as festas só iriam arrancar no dia 11,
mas como não era possível realizar o circuito no próximo fim-de-semana,
alteramos o programa e arrancamos já este domingo com as festas. E arrancamos
bem porque está aqui imensa gente a ver a prova”.
João
Andrade garantiu que “a colaboração com a Associação de Ciclismo do Minho é
muito boa, tranquila e espero que seja para continuar porque os amarenses
gostam do ciclismo”.
César Maciel (Seissa): “Estamos muito satisfeitos”
A
Seissa/KTM Bikeseven/Matias & Araújo/Frulact venceu em termos individuais,
coletivos e as metas volantes. Por isso, César Maciel, diretor desportivo do
clube de Roriz, estava satisfeito.
“Foi
uma boa corrida. Estou muito satisfeito. Os atletas cumpriram o que lhes foi
pedido e a verdade é que estivemos sempre na frente da corrida. Eles sabiam
como reagir no caso de alguém atacar ou quando um dos nossos fosse apanhado. O
Daniel atacou, desestabilizou o pelotão e esteve algum tempo na frente da
corrida. Pensei que a fuga iria surtir efeito, mas foi anulada. Aí os outros
ciclistas tinham ordens para atacar à vez e assim controlamos a corrida e
chegamos ao fim e vencemos este circuito com muita tradição”.
Portanto,
concluiu o dirigente, “só tenho a fazer um balanço positivo desta corrida.
Estivemos sempre no grupo da frente, no centro das decisões e conseguimos
colocar três ciclistas nos cinco primeiros lugares, vencemos as metas volantes
e a classificação por equipas”.
O
63º Circuito de Santo António de Amares teve o apoio das seguintes entidades:
Câmara Municipal de Amares, Federação Portuguesa de Ciclismo, Arrecadações da
Quintã, Cision, Raiz Carisma - Soluções de Publicidade, POPP Design, Score Tech
e AFAcycles.
Fonte:
ACM
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