A Federação
Portuguesa de Ciclismo (FPC) e a MUBi - Associação pela Mobilidade Urbana em
Bicicleta estiveram entre as entidades consultadas pelo Governo sobre as
prioridades para a mobilidade, no âmbito das consultas públicas sobre o Plano
Nacional de Investimentos 2030.
A FPC e a
MUBi reiteraram as vantagens para a qualidade de vida nas cidades e para a
saúde das pessoas da aposta na mobilidade ativa. As duas entidades lembraram
que o estímulo à mobilidade em bicicleta reduz o sedentarismo e estimula a
atividade física regular, além de contribuir para uma redução efetiva de
emissões poluentes. Todos estes fatores contribuem para uma melhor saúde e para
a desoneração do Serviço Nacional de Saúde.
A FPC e a
MUBi também vincaram a necessidade de serem criadas condições para a
intermodalidade envolvendo a bicicleta e os transportes públicos. Para isso é
urgente criar condições para que seja possível transportar a bicicleta em todos
os comboios, assim como a criação de parques seguros para bicicletas junto aos
terminais de transportes públicos e em vários locais das cidades.
Os
mecanismos de apoio à mobilidade elétrica devem ser extensíveis às bicicletas,
incluindo às elétricas, de modo a dar mais um passo no sentido de uma
mobilidade sustentável e respeitadora do princípio de que os espaços públicos
devem ser sobretudo das pessoas e não dos veículos motorizados.
A FPC e a
MUBi também recordaram ao Governo que não é suficiente o investimento em
construções - de ciclovias e de outras infraestruturas -, sendo essencial
investir na formação, pois importa mudar comportamentos quanto à bicicleta.
Para Sandro
Araújo, Vice-Presidente da FPC, “a aposta nos modos de transporte ativos está a
crescer, com enormes vantagens para a sociedade. Os diferentes usos da
bicicleta, em contexto quotidiano, recreativo e desportivo, devem ser
potenciados, equilibrando o investimento em infraestruturas com incentivos à
mudança de comportamentos.”
Rui Igreja,
da Direção da MUBi, realça que “Portugal necessita de uma estratégia nacional
para a mobilidade em bicicleta, que aborde de forma integrada questões como as
infraestruturas para circulação e de apoio à utilização da bicicleta, qualidade
do espaço urbano, segurança rodoviária, intermodalidade com os transportes
públicos, incentivos à utilização da bicicleta, educação para a mobilidade
sustentável, mudança de comportamentos, formação de técnicos, entre outras.”
Fonte: FPC
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