Maria
Martins fechou com chave de ouro a estreia em Campeonatos da Europa de Elite,
sendo a nona classificada na disciplina olímpica de omnium, que terminou ao
início da noite de ontem em Glasgow, Escócia.
A
jovem sub-23 de primeiro ano fez um concurso sempre em crescendo, superando
todas as expectativas para acabar entre as dez melhores da Europa numa
disciplina em que todos os países apostam forte, por se tratar do arranque da
qualificação para os Jogos Olímpicos.
A
corredora portuguesa começou com o 17.º lugar em scratch, foi a 12.ª na corrida
tempo e oitava em eliminação, prova em que sofreu uma aparatosa queda, que não
lhe provocou mazelas graves. Entrou para a decisiva corrida por pontos no 12.º
posto.
Na
corrida por pontos, Maria Martins superou-se, atacando várias vezes e tendo
mesmo conseguido ser a segunda no último sprint, com pontuação a dobrar. Esta
atitude permitiu-lhe trepar três posições na geral, finalizando o concurso na
nona posição.
“Não
esperava um resultado tão bom. Entrei um bocado receosa na corrida por pontos,
porque é uma prova que pode revirar completamente a classificação. Estou muito
feliz, só tive pena de não ter vencido o último sprint, porque subiria ao
sétimo lugar. Mas, se calhar já estou a ser demasiado ambiciosa, porque fazer
nono lugar na estreia, numa disciplina olímpica com muito nível era algo
inimaginável quando iniciei este Campeonato da Europa”, confessa a ciclista da
Equipa Portugal.
O selecionador
nacional, Gabriel Mendes, é um homem satisfeito com a prestação de Maria
Martins. “O concurso de omnium da Maria foi sempre em crescendo. Ao longo de
todo o Campeonato tem revelado uma evolução progressiva a vários níveis:
técnico, tático e também em termos de atitude e de uma audácia que não é
aleatória, mas consciente do que está a fazer. Com isto, conseguiu evoluir de
prova para prova em omnium para alcançar o nono posto, que é muito bom para a
primeira prova internacional que faz na categoria de elite. Está de parabéns”,
conclui.
Portugal
terminou, assim, a competição de madison com 12 pontos negativos, no 12.º
lugar. A Bélgica ganhou, com 60 pontos, mais 11 do que a Alemanha e mais 22 do
que a Grã-Bretanha, seleções que completaram o pódio.
“O
apuramento foi muito árduo, mas o Ivo e o Rui estiveram muito bem, tendo em
conta a experiência que temos neste momento nesta disciplina. Na final tivemos
uma abordagem cautelosa da corrida, porque era muito extensa e era necessário
gerir a energia disponível para pontuar na corrida e para controlar o nosso
posicionamento face aos adversários mais diretos no ranking, os russos.
Conseguimos controlar a Rússia e uma classificação superior a este adversário.
Mas no momento em que a corrida se parte estamos mais atrás, o que foi fatal na
procura de um lugar pelo menos a meio da tabela classificativa para termos uma
diferença de pontos ainda maior face à Rússia”, descreve Gabriel Mendes.
Fonte:
FPC
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