Por: Marta Varandas
Percorridos cerca de 640 km
ao longo de um trajeto que somou 18 metas em quatro dias, terminou mais um
Grande Prémio ABIMOTA, uma das mais carismáticas corridas por etapas do
calendário português, destinada a corredores de Elite e Sub-23, que celebrou 40
anos de história e contou 38 edições de prova. A organização está já a
trabalhar para a 39.ª prova.
Para João Miranda,
presidente da Direção da ABIMOTA – Associação Nacional das Indústrias de Duas
Rodas, Ferragens, Mobiliário e Afins, o 38.º Grande Prémio ABIMOTA fecha com
uma “edição de ouro”, ao “alargar o âmbito territorial da prova e regressar às
quatro etapas, o que não acontecia desde 2008 e veio trazer uma ambição
renovada à corrida”.
O ano de 2017 fica também
marcado pelo patrocínio da PT Empresas (patrocinador principal) e pela
cobertura televisiva feita pela Sport TV, pelos seus canais Sport TV+ e Sport
TV5, sendo feitos diretos de todas as partidas e chegadas de cada etapa, bem
como um resumo diário, ao final da noite. Tudo isto ajudou a “termos mais
adesão por parte do público, porque ao haver uma maior divulgação na
comunicação social chegámos a mais pessoas”, concluiu João Miranda.
Por outro lado, Vital
Almeida, Diretor da prova, deixa uma nota para uma corrida “sempre competitiva
que se fez sentir ao longo das quatro etapas”, que arrancaram no Pinhal
Interior, de Proença-a-Nova até Belmonte, prosseguindo o segundo dia de
Penamacor, na zona da Cova da Beira até ao Sabugal. A terceira etapa saiu de
Almeida e terminou em Manteigas, arrancando a última etapa de Gouveia até
Águeda. “Foi uma prova para gente rija, com temperaturas elevadas que
acompanharam sempre os quatro dias, que teve etapas complicadas, com muito sobe
e desce, e acima de tudo com muita competição e ataques contínuos, mas que só veio
valorizar ainda mais os ciclistas presentes”, sublinhou.
Próxima edição já está em
curso
João Miranda é peremptório:
“Para o ano vamos fazer tudo para a prova crescer ainda mais, dando-lhe maior
relevância no nosso país”. Está até aberta a possibilidade de avançar para as
cinco etapas. “Mas para já ainda é muito precoce avançar com certezas. Estamos,
contudo, a começar a trabalhar nesse sentido e nas datas do próximo ano, que
vão manter-se no mês de Junho, conforme já é tradição no calendário nacional”.
Números que marcam a edição
de 2017:
Corredores à partida: 110
Equipas participantes: 14 (11 portuguesas e 3 espanholas)
Municípios percorridos: 21
Dias de prova: 4 Etapas: 4 Camisolas oficiais em disputa: 8 Metas em disputa ao
longo do percurso: 18 Kms em prova: 640 Viaturas envolvidas: + de 100 Pessoas
envolvidas: + de 300 Recortes de Imprensa: + de 200
Histórico do Grande Prémio
ABIMOTA:
- 131 dias de prova - 161
etapas - 72 municípios portugueses (partidas ou chegadas) - 4 espanhóis (partidas
ou chegadas) - 40 anos - 38 edições
Moto Ardósia Digital – única
no mundo e sempre presente no ABIMOTA
Muitos desconhecem-no, mas a
Moto Ardósia Digital, registada e homologada, propriedade da portuguesa
FullSport e utilizada desde sempre no Grande Prémio ABIMOTA, é única no mundo.
Mário Piedade, que com orgulho conduz o veículo em grande parte das provas em
que é requisitado, recorda que é assim desde a sua criação, tendo a estreia
acontecido em Outubro de 2012.
“A principal vantagem desta
mota é não obrigar à sua integração dentro do pelotão. Não necessita de se
juntar aos corredores para visualizarem os tempos. É uma ardósia digital, em
que se conseguem ver os tempos com distância, até pelo menos 300 metros”,
explica o condutor, que trabalha sozinho: “Tenho um teclado à frente e só
preciso de receber por rádio a informação dos tempos”. Independentemente disso,
a ardósia é um relógio da prova, também mostra sinais de trânsito, sinaliza
perigos, curvas, lombas e toda a sinalética do código de estrada, sendo ainda o
único veículo na prova com publicidade on race.
No caso do Grande Prémio
ABIMOTA, a Moto Ardósia Digital marca presença desde o ano em que foi criada,
não tendo falhado nenhuma prova. Contudo, Mário Piedade lamenta a não
valorização do veículo por parte de outras organizações, onde funcionam as
ardósias manuais (com uma lousa e um marcador), à moda antiga. “A mota acaba
por ser mais reconhecida lá fora do que cá, porque somos muito requisitados
para os campeonatos nacionais em Espanha, que fazemos há pelo menos cinco
anos”, refere.
Fonte: CREATIVE GRUPOMA
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