A Seleção Nacional/Liberty Seguros afinou hoje os últimos
pormenores para, amanhã, enfrentar os 257,5 quilómetros da prova de fundo para
elite do Campeonato Mundial de Estrada, que irá realizar-se em Doha, Catar, com
passagem pelo deserto.
José Gonçalves, Nelson
Oliveira e Sérgio Paulinho fizeram hoje um treino curto, de ativação
pré-competição, no circuito urbano da Pearl, depois de ontem terem já pedalado
em conjunto nas estradas do deserto, que serão atravessadas pela corrida.
Enquanto os corredores faziam
o apronto na ilha artificial de Doha, o selecionador nacional, José Poeira, e
parte da equipa técnica foram reconhecer as estradas desérticas, de modo a
preparem logisticamente os abastecimentos apeados que, amanhã, serão
fundamentais para a hidratação e alimentação dos ciclistas.
A corrida deste domingo, que a
maior parte dos corredores gostaria de ver reduzida, terá mesmo 257,5
quilómetros. Os primeiros 150, no deserto, com calor e previsão de ventos
cruzados, deverão ser determinantes para o desfecho da corrida.
“Todos sabemos o que vamos
encontrar. Os primeiros 150 quilómetros são a parte fundamental da corrida. O
calor e o vento darão para fazer grandes estragos. A nossa estratégia passa por
estar sempre perto da frente para passarmos no caso de haver ataques, as
famosas ‘bordures’”, explica o mais experiente da equipa, Sérgio Paulinho, que
cumprirá no Catar o seu sétimo mundial na categoria de elite.
Nelson Oliveira também não
espera surpresas, tendo consciência da importância do deserto. “Já fiz várias
vezes a Volta ao Catar e já aqui estou desde o dia 5. Sabemos que haverá
ataques no deserto. Espero que a Seleção dê o seu melhor, colocando alguém na
frente que possa entrar na discussão”, diz o anadiense.
José Gonçalves é o luso com
melhor ponta final e a opção mais óbvia para bater-se por um resultado
prestigiante. O minhoto promete empenhamento. “Estou preparado para dar o meu
melhor, tendo como objetivo fazer um bom lugar. Acredito que saia um grupo
restrito do deserto, pois deverá ser aí que será feita a primeira seleção”,
antecipa o barcelense.
“As seleções com mais
elementos vão mexer com a corrida antes da chegada ao circuito. A colocação
será fundamental, mas será muito difícil, porque os conjuntos mais numerosos
vão organizar-se para dificultar a vida aos adversários. Até por isso, prevê-se
uma prova muito exigente. Os corredores com mais técnica e capacidade física
conseguirão colocar-se”, prevê José Poeira.
A corrida de fundo para elite
terá 150 quilómetros entre a cidade e o deserto, completando-se com sete voltas
ao circuito muito técnico da Pearl, que tem um perímetro de 15,2 quilómetros.
Fonte: FPC
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