O português Nelson Oliveira foi hoje o vigésimo classificado na
prova de contrarrelógio de elite do Campeonato do Mundo de Estrada, uma corrida
disputada em Doha, Catar, que permitiu ao alemão Tony Martin a conquista da
quarta medalha de ouro individual.
O calor e o vento foram, como
se previa, protagonistas do exercício individual de 40 quilómetros que ligou o
complexo desportivo de Lusail à ilha artificial da Peal. O representante da
Seleção Nacional/Liberty Seguros não esteve nos melhores dias, começando muito
lento e recuperando algumas posições na fase final, entrando no top 20,
objetivo distante do que a sua qualidade permitiria ambicionar.
“Hoje
nunca vi o Nelson com o ritmo a que me habituou. Todos têm um dia mau e este
foi o dele. Foi o pior contrarrelógio que o vi fazer”,
admitiu o selecionador nacional, José Poeira.
Nelson Oliveira concorda com o
técnico. “Nunca me senti bem ao longo do
percurso e quando assim é não há muito a dizer. É claro que o calor e o
percurso não me favoreceram e que na fase final o vento ficou de frente. Mas o
campeão mundial é um homem que também correu com as mesmas condições, por isso
não é desculpa. Foi um dos piores contrarrelógios da minha vida”, lamentou
o campeão nacional.
O ciclista português precisou
de 47m18s para cumprir o percurso, gastando mais 2m36s do que Tony Martin. O
germânico voou nas retas catarenses, conseguindo a segunda medalha de ouro em
Doha, depois de ter contribuído decisivamente para o título coletivo da
Etixx-QuickStep, no domingo. Tony Martin regressa ao lugar mais alto do pódio
da prova individual, após um interregno de dois anos. Foi campeão mundial em
2011, 2012, 2013 e, agora, também 2016.
O bielorrusso Vasil Kiryienka,
campeão do Mundo em 2015, desceu um lugar na hierarquia, ficando com a medalha
de prata. Alcançou-a com 45 segundos mais do que Tony Martin. O campeão europeu
da especialidade, o espanhol Jonathan Castroviejo, fechou o pódio, a 1m11s do
vencedor.
Fonte: FPC
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