Por: Ivan Silva
Em parceria com: https://ciclismoatual.com
O Campeonato do Mundo de
Kigali 2025 já é inesquecível para o ciclismo espanhol. Sobretudo depois do que
aconteceu este sábado, 27 de setembro. Primeiro, Paula Ostiz ganhou a medalha
de ouro na corrida de juniores femininos e, depois, Mavi García multiplicou o
êxtase com uma medalha de bronze histórica na corrida de elite.
A atleta de 41 anos está a ter
um ano fantástico, mas nem ela esperava estar a lutar por medalhas numa corrida
que contou com superestrelas como Demi Vollering, Elisa Longo Borghini e Marlen
Reusser, entre muitas outras. Mas a corrida foi muito imprevisível do início ao
fim, e Garcia leu tudo na perfeição.
A grande surpresa foi a
medalha de ouro conquistada por Magdeleine Vallieres. Mas tudo foi formado por
aquele grupo criado após um ataque de Mavi García quando ela estava numa fuga
de 10 com Mireia Benito. No final, conseguiu cruzar a meta em 3º lugar, dando a
Espanha a sua primeira medalha num Campeonato do Mundo Feminino de Elite em 23
anos.
Em declarações aos meios de
comunicação social após a corrida, Mavi García começou por revelar que o seu
objetivo não era de forma alguma uma medalha. Na melhor das hipóteses, sonhava
com um lugar entre as cinco primeiras.
"Desde que começamos a
abrir um espaço na frente, já estava a pensar que o trabalho que tinha feito
era bom. Não sabia o que ia acontecer. A única coisa que eu queria era que
aquela fuga fosse para a frente, acontecesse o que acontecesse. Para mim, o
objetivo era o Top 10 ou um Top 5, por isso o meu desejo era que aquela fuga
funcionasse", explicou Mavi García.
"A verdade é que não
estava a pensar que este grupo pudesse lutar pelas medalhas. Na última volta,
pensei que era altura de sofrer. A minha cabeça ficou um pouco fraca naqueles
momentos finais. O meu namorado, que também é meu treinador, lembra-me sempre
que devo sofrer nesses momentos. Por isso, pensei em apanhar os da frente em
vez de olhar para trás", acrescentou.
O
trabalho árduo de Espanha
A estratégia da equipa
espanhola foi perfeita do princípio ao fim. Mas o momento chave aconteceu
quando Mireia Benito começou a formar uma boa fuga graças ao seu ataque a pouco
menos de 60 quilómetros do fim:
"Toda a gente foi
importante hoje. O facto de a Mireia (Benito) estar na frente fez com que a
estratégia fosse perfeita, um pouco sem querer. Depois, ela fez com que a fuga
fosse mais forte na frente e eu pude fazer o ataque".
"Adorei este Campeonato
do Mundo. Sabia que ia ser uma grande experiência porque era diferente. No
final, estamos longe de casa, mas vemos outra cultura. Gostámos de estar aqui,
de passear, de ver as pessoas e a sua simpatia. Gostei muito", concluiu
Mavi García, medalha de bronze no Campeonato do Mundo de Kigali.
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