Para fazer face às "alterações climáticas que o mundo tem enfrentado nos últimos anos"
Por: Lusa
Foto: Reuters
A União Ciclista Internacional
(UCI) vai implementar na próxima época um novo protocolo em casos de calor
extremo, para fazer face às "alterações
climáticas que o mundo tem enfrentado nos últimos anos",
anunciou esta quinta-feira o organismo.
"Tendo
em conta as alterações climáticas que o mundo tem enfrentado nos últimos anos,
a UCI deseja definir melhor as condições ideais para organizar provas de
estrada em climas quentes, com um novo protocolo de temperaturas elevadas", pode
ler-se em comunicado do organismo que tutela o ciclismo mundial.
Este novo protocolo, que
complementará o já existente para as Condições Meteorológicas Extremas, deverá
ser implementado na primeira metade da temporada, após ser finalizado, e prevê
que, em caso de temperaturas muito elevadas, seja criado um grupo de trabalho,
encabeçado pelo presidente do colégio de comissários e integrado por equipas,
corredores e organizadores, com o objetivo de desenhar um plano de ação para
mitigar os riscos para a saúde e a segurança dos corredores.
Entre as recomendações
incluídas neste novo protocolo estão opções como a alteração das partidas das
etapas para zonas com sombras, o fornecimento de bebidas frias e gelo picado
aos ciclistas durante as provas, o aumento do número de motos de apoio neutro,
a alteração de horários de início das tiradas ou a neutralização de setores das
mesmas.
As altas temperaturas
tornaram-se, nos últimos anos, um dos grandes 'inimigos'
dos ciclistas, sobretudo entre junho e setembro, nomeadamente na
Volta a França ou na Volta a Portugal, o que obrigou as equipas a inovarem nos
meios de 'combate' ao calor,
apostando nas banheiras de crioterapia ou nos coletes de gelo.
Além do novo protocolo para
temperaturas extremas, a UCI anunciou ainda a extinção do protocolo contra a
covid-19 embora note que ainda é recomendável a existência de alguns cuidados,
nomeadamente em casos de pessoas infetadas com o vírus e a reformulação do
relativo às concussões cerebrais.
"As
concussões são lesões cerebrais que devem detetar-se, diagnosticar-se e
tratar-se para garantir a recuperação total das funções cerebrais
afetadas", lembra a federação internacional, notando que
desenvolveu ferramentas de reconhecimento das lesões, disponíveis mediante um
simples código QR.
A UCI vinca que as equipas
estão obrigadas a informar qualquer caso de concussão ao departamento médico do
organismo, e declarar o regresso à competição de qualquer ciclista afetado
mediante os documentos disponíveis no seu site.
Fonte: Record on-line
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