Ex-ciclista alemão assume que não sabe como resistiu a tantos excessos
Por: Record
Foto: EPA
A descida ao inferno de Jan
Ullrich alemão que venceu uma Volta a França, uma Volta a Espanha e uma medalha
de ouro nos Jogos Olímpicos de 2000 tem muitos episódios, muitos retratados com
grande sofrimento no documentário que saiu em novembro. O antigo ciclismo
assume que não sabe como resistiu a tantos excessos, quando levou o corpo ao
limite em períodos tão prolongados. "Impunha
desafios a mim mesmo. Uma vez quis estabelecer um recorde mundial. Fumei mais
de 700 cigarros num dia", revela Jan Ullrich.
Jan Ullrich refere que período
mais difícil que atravessou "cada dia
era uma questão de vida ou de morte". "Consumi muita cocaína, bebi uísque como se fosse
água até estar à beira da morte", diz.
"Estive
sem beber durante nove meses, mas um dia bebi um copo e passado pouco tempo
perdi o controlo. Passei do vinho ao whisky. Um copo, depois dois... Era um
desportista de alto nível e podia levar o meu corpo ao extremo. Isso
permitiu-me ganhar um Tour, mas ... Podia beber cada vez mais whisky e inalar
mais cocaína. Muitas pessoas teriam acabado por se suicidar, mas o meu corpo
resistiu", prossegue.
Jan Ullrich foi investigado na
sequência da 'Operación Puerto', uma
operação realizada em Espanha no ano de 2006, contra o consumo de substâncias
no desporto e que pretendeu desmantelar a rede de dopagem liderada por
Eufemiano Fontes. Em 2007, terminou a carreira, mas continuou ligado ao
ciclismo como consultor desportivo.
No documentário conta que 2018
foi o pior ano da sua vida. "Estava
realmente deprimido. Como ciclista sofri muito, mas depois ainda foi pior. Em
2018 estive no ponto mais baixo, no que diz respeito ao que qualquer pessoa
pode suportar física e mentalmente. O passo seguinte era a morte",
referiu.
Fonte: Record on-line
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