Urska Zigart sofreu uma comoção cerebral após uma queda na etapa de hoje do Giro feminino
Por: Lusa
Foto: AFP or licensors
Tadej Pogacar desvalorizou
hoje o tempo perdido para Jonas Vingegaard na quinta etapa da Volta a França em
bicicleta, mostrando-se mais preocupado com a namorada Urska Zigart, que tem
uma comoção cerebral leve após ter caído no Giro feminino.
“Estou mais
triste por ouvir que a minha namorada caiu hoje no Giro e que pode ter uma
concussão. Isso é mais triste do que perder um minuto para o Jonas”,
salientou o esloveno da UAE Emirates, referindo-se à queda que a também campeã
eslovena de contrarrelógio sofreu durante a sexta etapa da Volta a Itália
feminina e que a levou a abandonar a prova.
Pogacar perdeu hoje 01.04
minutos para o dinamarquês da Jumbo-Visma, após não ter conseguido responder ao
campeão em título da ‘Grande Boucle’ quando este atacou na subida ao Col de
Marie-Blanque, derradeira dificuldade da quinta etapa, ganha pelo novo camisola
amarela, o australiano Jai Hindley (BORA-hansgrohe).
“Penso
que quando o Sepp [Kuss] elevou o ritmo na subida, ele [Vingegaard] pôde ver
que eu já estava no limite e decidiu atacar. Não consegui segui-lo, ele estava
mais forte hoje”, reconheceu o líder da classificação da
juventude.
Segundo o bicampeão do Tour
(2020 e 2021), o seu grande adversário estava “demasiado
rápido na subida”. “Que
ataque! Não podemos fazer nada nestes casos, quando há alguém mais forte do que
nós. Vou continuar a lutar, nada está perdido”, defendeu.
Apesar de admitir que se
sentiu no limite nos dois derradeiros quilómetros da subida a Marie-Blanque,
mostrou-se esperançoso de ter “melhores
pernas” na sexta etapa, a
primeira com chegada em alto os 144,9 quilómetros, com partida em Tarbes,
acabam em Cauterets-Cambasque, com a meta a coincidir com uma contagem de
montanha de primeira categoria
“Penso
que vai correr bem. Sinto-me bem, é o mais importante”,
completou.
Vingegaard, por seu lado,
confessou ter ficado surpreso quando Pogacar não respondeu ao seu ataque.
“No
papel, esta etapa não me era favorável, mas, na última subida, senti que tinha
boas pernas. Disse ao Sepp para ir para a frente e ataquei. Fiquei surpreendido
quando o Pogacar não me conseguiu seguir. Queria testá-lo um pouco, as minhas
pernas estavam verdadeiramente bem”, revelou.
O dinamarquês é agora segundo
da geral, a 47 segundos de Hindley, com o líder da UAE Emirates a 01.40 minutos
do camisola amarela.
“Estou
super feliz com a minha performance de hoje, de ter conseguido já um minuto de
vantagem sobre ele”, assumiu, sem querer, no entanto,
apresentar-se como o grande favorito a revalidar o título: “Não sei. Continuaremos a fazer o nosso melhor e veremos
onde isso nos leva”.
Quem hoje consolidou a
candidatura ao pódio final da Volta a França, que acaba em 23 de julho, em
Paris, foi mesmo Hindley, que “queria ganhar
o máximo de tempo possível e também a etapa”, e acabou por ver-se
com a camisola amarela vestida, depois de integrar a numerosa fuga do dia,
composta por 36 elementos.
“Não
estava à espera de estar na fuga, pensei que ia ser uma grande luta e foi.
Encontrei-me ali e aproveitei ao máximo a oportunidade. Inicialmente, só queria
ganhar tempo aos outros tipos da geral e, depois, surgiu a oportunidade de
ganhar a etapa e dei tudo nesta última subida. Aconteceu chegar à amarela, o
que não é nada mau, não me posso queixar”, brincou.
O ciclista de Perth, de 27
anos, confessou que liderar a Volta a França “é
um sonho tornado realidade”.
“É
incrível. Todos os ciclistas sonham vestir o ‘maillot jaune’ e é um enorme
privilégio e honra. […] Via [a prova] desde que tinha seis anos e sempre sonhei
correr o Tour, por isso estar aqui a liderar a corrida, ganhar uma etapa… é
ridículo, não consigo acreditar”, reforçou o afável ciclista
da BORA-hansgrohe.
Vencedor do Giro2022 e ‘vice’
da edição de 2020, Hindley está a estrear-se na ‘Grande
Boucle’ e a experiência não podia estar a ser melhor, ainda que
seja cauteloso e prefira não lançar uma candidatura à amarela final.
“Não
sabia o que esperar, é o meu primeiro Tour, e penso que é difícil vir para cá
com objetivos tão ‘gigantes’ [ganhar], mas claro que quero ser competitivo, ter
sucesso de alguma forma. Acabei de ganhar uma etapa na Volta a França, ‘mate’!
É mesmo incrível”, notou.
Fonte: Sapo on-line
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