Por: José Carlos Gomes
O português Rui Oliveira foi o 16.º classificado na
prova de fundo do Campeonato da Europa de Estrada, ganha pelo neerlandês Fabio
Jakobsen, em Munique, Alemanha.
A corrida foi animada praticamente desde o quilómetro
inicial por um duo, o austríaco Lukas Pöstlberger e o suíço Silvan Dillier. Os
dois entraram adiantados na parte urbana dos 209,4 quilómetros. Apesar de
longa, a fuga nunca teve grande margem, devido ao ritmo vivo e à postura atenta
do pelotão, comandado pelas seleções mais fortes e numerosas.
A fuga terminou a 27 quilómetros do final, com metade
do percurso feito em território citadino já deixado para trás. Nessa altura as
equipas com aspirações a uma vitória ao sprint controlaram o pelotão com mão de
ferro, impedindo o sucesso de qualquer aventureiro que procurasse surpreender.
Rui Oliveira fez um trabalho fenomenal de colocação,
seguindo a roda das seleções mais fortes para conseguir estar no lote dos
homens em condições de discutir as primeiras posições. Já dentro do quilómetro
final, o corredor português escapou por pouco a uma queda, vendo travar de
repente um homem que seguia à sua frente.
Apesar disso, Rui Oliveira voltou a juntar-se àqueles que se bateram pelo título, terminando na 16.ª posição, com o mesmo tempo do neerlandês Fabio Jakobsen, o mais potente do sprint. O segundo foi o francês Arnaud Démare e o terceiro o belga Tim Merlier.
“Sinceramente, foi mais difícil do que
eu esperava. Foi toda a corrida a tentar colocar-me na frente nos sítios mais
perigosos, poupando força onde podia. Estive sempre atento e consegui estar com
os melhores nos momentos decisivos. Estava mesmo a sentir-me bem. No último
quilómetro fiz a viragem nos dez primeiros. Entretanto, passaram por mim o
Michael Mørkøv e o Mads Pedersen e eu sabia que este ia discutir a corrida.
Aproveitei para ir na roda deles e para mim seria perfeito. Mas um corredor
italiano fez uma manobra que quase derrubava o Pedersen. Perdemos ali o momento
e tive de voltar a colocar-me ao vento e as forças ficaram justas. Estou
orgulhoso da corrida que fiz, mas ir à água sozinho e fazer todas as
movimentações para a frente sozinho tornou difícil fazer melhor. Lutei com as
armas que tinha”, descreve Rui Oliveira.
“As seleções com mais elementos
colocaram um ritmo infernal e o Rui, sozinho, teve o grande mérito de saber
colocar-se. Fazer esse esforço de colocação e ainda ir sprintar é muito
difícil. Foi uma prestação muito boa”, elogia o selecionador nacional,
José Poeira.
Fonte: Federação Portuguesa Ciclismo
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