Três casos de COVID-19 detetados em ciclistas da 109.ª ‘Grande Boucle’ este fim de semana faziam temer uma nova vaga da doença semelhante à registada na Volta a Suíça, há menos de duas semanas, que levou a dezenas de abandonos
Por: Lusa
Fonte: AFP or licensors
Os testes de deteção do
coronavírus realizados no domingo aos ciclistas participantes na 109.ª Volta a
França deram todos negativos, anunciou hoje a União Ciclista Internacional (UCI).
A federação internacional
precisa que, no seguimento do protocolo sanitário estabelecido no contexto da
pandemia de covid-19, “todos os ciclistas a
participar na Volta a França foram testados na noite de 10 de julho”.
“Todos os
testes foram negativos”, completa a UCI, alertando, no entanto,
para a necessidade de “todos os participantes” continuarem “a usar máscara, manter uma distância física suficiente e
desinfetar as mãos com frequência”.
Os três casos de covid-19
detetados em ciclistas da 109.ª ‘Grande
Boucle’ este fim de semana
faziam temer uma nova vaga da doença semelhante à registada na Volta a Suíça, a
menos de duas semanas do arranque do Tour, que levou a dezenas de abandonos e
que colocou em causa a participação de vários corredores, como o português
Nelson Oliveira (Movistar), na prova francesa.
Esta é a primeira bateria de
testes (antigénios) realizada aos ciclistas da Volta a França, no seguimento da
alteração de protocolos anunciada pela UCI a três dias do ‘Grand Départ’,
em 01 de julho, na Dinamarca, e que incidia “essencialmente”
nas grandes Voltas.
Nessa atualização das regras
sanitárias relativas à covid-19, a federação internacional deixou cair a que
autorizava os organizadores das grandes Voltas a excluírem uma equipa que
tivesse dois casos no espaço de sete dias.
Entre as medidas obrigatórias,
a UCI incluía a apresentação de “pelo menos
um teste antigénio negativo” por parte de todos os elementos de
uma equipa dois dias antes do início da corrida e a realização de novo teste
antigénio nos dias de descanso, incluindo por parte dos comissários, dos
delegados e do pessoal antidoping.
“Na
eventualidade de um caso de covid-19 numa equipa ser confirmado por um teste
antigénio e, posteriormente, por um PCR (quer seja um corredor ou um membro do
‘staff’), a decisão de potencialmente isolar esse caso deve ser tomada
coletivamente pelo médico da equipa em causa, o médico responsável pela
covid-19 no evento e o diretor médico da UCI, com base nos elementos clínicos
disponíveis”, notava.
Esta medida foi colocada em
prática no domingo de manhã, com uma decisão colegial a retirar da corrida o
francês Guillaume Martin (Cofidis), um dos candidatos ao ‘top 10’, antes do
início da nona etapa.
Na atualização das normas de
28 de junho, a UCI passava também a “recomendar
fortemente” que durante a
corrida, “se possível diariamente, mas pelo
menos a cada dois ou três dias”, fossem realizados testes
antigénio aos membros das equipas, corredores excluídos, assim como a
comissários e delegados.
O pelotão da Volta a França
cumpre hoje o segundo dia de descanso da 109.ª edição, regressando à estrada na
terça-feira, na 10.ª etapa, uma ligação de 148,1 quilómetros entre Morzine e
Megève.
Fonte: Sapo on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário