Por: José Carlos Gomes
O português Pedro Silva foi
hoje o 11.º classificado na prova de fundo para sub-23 do Campeonato da Europa,
disputada em Anadia, ao longo de 147,3 quilómetros (sete voltas ao circuito). A
vitória foi para o alemão Felix Engelhardt.
A corrida foi animada por duas fugas. A primeira deu-se praticamente de partida, juntando em cabeça de corrida o espanhol José Marín, o esloveno Gal Gilvar e o estoniano Joonas Kurits. A diferença aproximou-se dos cinco minutos, mas o trabalho dos Países Baixos no pelotão deitou por terra o esforço dos fugitivos, a 45 quilómetros do final.
O quinteto português em prova
manteve-se, nesta fase da corrida, integrado no pelotão, procurando o melhor
posicionamento possível para tentar, mais adiante, endurecer um pouco a
corrida, na subida mais dura. O trabalho coletivo nacional acabou prejudicado
pelo azar individual de Afonso Silva, que foi vítima de queda, tendo também de
trocar de bicicleta.
À entrada para as duas voltas
finais ao circuito deu-se um ataque de quatro corredores, que viria a
revelar-se decisivo. O checo Mathias Vacek, o italiano Davide de Pretto, o
alemão Felix Engelhardt e o húngaro Erik Fetter saíram do pelotão e
conquistaram uma vantagem que nunca passou dos 40 segundos.
Apesar da curta vantagem, o pelotão não foi capaz de anular a fuga. Apesar de várias seleções terem colaborado na perseguição, inclusive com alguns ataques, como o de Pedro Silva, que tentou fazer a “ponte” para a frente, a cerca de 25 quilómetros da chegada.
Não tendo sido possível anular
a fuga, o quarteto discutiu o título europeu, com o pelotão a assistir de
perto. Felix Engelhardt, mais poderoso do que os rivais no sprint em subida,
triunfou diante de Mathias Vacek e de Davide de Pretto, que completaram o
pódio.
Pedro Silva fechou uma corrida sempre nos lugares da frente com o 11.º lugar, um dos mais bem colocados do pelotão. “O percurso exigia que estivéssemos sempre bem colocados, porque havia muitas viragens e zonas técnicas. Com o vento que se fazia sentir era ainda mais importante a colocação para evitar quedas e ‘cortes’. Senti-me bem ao longo de toda a corrida e, na penúltima passagem, ainda tentei fazer diferenças na subida do Monte Crasto, mas os adversários estavam muito fortes e não consegui sair. A partir daí procurei guardar o máximo de energia para fazer um bom sprint”, conta Pedro Silva.
O corredor minhoto gastou mais
3 segundos do que o vencedor, tal como os restantes elementos do pelotão, onde
entraram também António Ferreira, 37.º, e Pedro Pinto, 45.º. Pedro Andrade foi
65.º, a 3m51s, e Afonso Silva terminou em 97.º, a 12m26s.
“Fizemos
uma boa corrida, em termos coletivos, numa prova de grande dificuldade, não
tanto pela natureza do percurso, mas mais pelo grande número de corredores de
qualidade acima da média aqui presentes. Planeámos endurecer um pouco a corrida
nas partes mais difíceis, mas o ritmo a que ali se entrava já não permitia que
fizéssemos mais, sobretudo depois de perdermos o Afonso Silva para este
trabalho, devido à queda e ao esforço para tentar reentrar no pelotão”,
explica o selecionador nacional, José Poeira.
Afonso Eulálio não alinhou por
não estar em condições de saúde.
Fonte: Federação Portuguesa
Ciclismo
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