Por: José Morais
Estamos quase a meio de fevereiro,
quando em tempos normais teríamos tido a abertura do calendário dentro de dias
a Volta ao Algarve a ir para a estrada de 17 a 21 de fevereiro, seguia a Volta
ao Alentejo de 17 a 21 de março, ambas canceladas, a Algarvia a passar para
maio, mas ainda sem dias certos anunciados, e a Alentejana ainda sem data
definida.
Todos nós sabemos que o futebol
está acima de tudo, iniciou mesmo com a pandemia em 2020, continuou em 2021, é
certo de que sem público, mas não foi colocado de parte como as outras
modalidades, porem, existem outras modalidades que tiveram luz verde, caso do
basquetebol ou andebol e não só, mas mais uma vez o desporto do povo, o
Ciclismo ficou na prateleira esperando que deem umas migalhas e autorizem a
realizar provas.
Da parte da Federação de Ciclismo
não tem saído notícias, não tem existido opiniões, apenas à algum tempo o
cancelamento de todas as provas, será que não existe força suficiente ou
empenho pela parte federativa, falta de bater o pé afincadamente e exigir como
fazem no futebol.
A recente Audição Pública na
Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto da Assembleia da República,
com o presidente Delmino Pereira, a Federação Portuguesa de Ciclismo defende
incentivos públicos para a retoma de incentivos das atividades competitivas, em
todas as categorias etárias.
O presidente da Federação afirmava
que era essencial o regresso das competições para os jovens que se afastaram do
desporto, motivo pelas medidas de confinamento, o regresso à atividade
desportiva teria vantagens para a saúde pública, como o desenvolvimentos tanto
social como pessoal dos jovens, e a longa paragem desportiva, vai tornar mais
difícil depois atrair jovens para o desporto.
Estas e outras razões apresentou
Delmino Pereira na Assembleia da República, porem no comunicado enviado às
redações, não se falou nesta audição, nas competições profissionais, no
ciclismo principalmente, o que se está a passar, o que nos espera, o que
poderemos fazer para voltar a ter provas na estrada, ou noutras modalidades.
Os ciclistas, as equipas, os
patrocinadores, os amantes da modalidade, tudo que envolve uma prova espera luz
verde, e tendo em conta como decorreu a Volta a Portugal 2020, não temos
condições para realizar provas, com medidas de segurança, medidas sanitárias,
podendo assim fazer a realização de alguns eventos, apoiando assim uma
modalidade em risco de colapsar e a passar por imensas dificuldades.
É importante o ciclismo não ser
colocado de lado, e respeitarem a modalidade, e todos os seus intervenientes,
esperemos muito em breve ter informação de como andam as coisas, e as decisões
tomadas ou a vir a tomar, já que o silêncio em nada é benéfico para o pelotão
nacional, e não só.
Deixamos o que estava programado
para o Calendário Nacional de Elites para 2021, e veremos o que se realizara:
17 a 21 fevereiro: Volta ao
Algarve
7 março: Prova de Abertura
14 março: Clássica da Arrábida
17 a 21 março: Volta ao Alentejo
28 março: Clássica da Primavera
15 a 18 abril: Grande Prémio a designar
25 abril: Grande Prémio de Mortágua
2 maio: Volta a Albergaria
9 maio: Clássica Aldeias do Xisto
13 a 16 maio: Grande Prémio O Jogo
30 maio: Memorial Bruno
Neves
2 a 6 junho: Grande Prémio Abimota
18 a 20 junho: Campeonatos nacionais
4 julho:Grande Prémio Anicolor
15 a 18 julho: Troféu Joaquim Agostinho
4 a 15 agosto: Volta a Portugal
21 agosto: Circuito de Alcobaça
22 agosto: Circuito da Malveira
23 agosto: Circuito da Moita
23 agosto: Circuito de Nafarros
30 a 5 setembro: Grande Prémio JN
8 a 12 setembro: Campeonatos da Europa
12 setembro: Campeonato nacional de rampa
18 setembro: Clássica Rota da Filigrana
19 a 26 setembro: Campeonatos do Mundo
5 outubro: Festival de pista em Tavira
Sem comentários:
Enviar um comentário