Sam Bennett (Deceuninck-QuickStep) perdeu hoje a vitória na nona etapa da Volta a Espanha
O irlandês Sam Bennett (Deceuninck-QuickStep) perdeu hoje a vitória na nona
etapa da Volta a Espanha em bicicleta, após dar dois 'encontrões' num
adversário, e a vitória recaiu no alemão Pascal Ackermann (BORA-hansgrohe).
Num dia sem grande história, a polémica decisão dos juízes da prova acabou
por 'aquecer' a nona de 18 etapas da Vuelta, com Bennett desclassificado e
relegado para 110.º, por dois 'encontrões' ao letão Emils Liepins
(Trek-Segafredo), já nas últimas centenas de metros.
O incidente deu-se quando o irlandês seguia integrado no 'comboio' da
equipa, que o preparava para o que seria a sua segunda vitória nesta 75.ª
edição, e o 50.º triunfo da carreira, aos 30 anos.
Vistas as imagens, os comissários decidiram pela atribuição do triunfo a
Ackermann, que, depois de um 'bis' na Volta a Itália de 2019, se estreia na
Vuelta, acabando por concordar com a decisão.
"Quando vi o vídeo [do incidente], não me pareceu uma ação justa do
Sam. Depois das quedas todas na última semana, temos de nos proteger uns aos
outros. Se não há um espaço, é preciso parar. Custa-me pelo Sam, mas também me
desclassificaram na Sheldeprijs", lembrou o alemão.
Então, a roda de Ackermann tocou na de um adversário, que teve uma queda
aparatosa nos últimos metros, e um segundo lugar no 'sprint' transformou-se num
21.º posto.
Vencedor da classificação por pontos do Tirreno-Adriático, em que venceu as
duas primeiras etapas, o velocista alemão somou a sétima vitória da época e deu
à BORA-hansgrohe uma primeira este ano na Vuelta, juntando-se à Education First
como únicas formações a terem já vencido nas três grandes voltas em 2020.
"Temos de correr de forma mais justa. Estou muito feliz pela vitória,
pela minha equipa que fez um trabalho fantástico, e agora posso pagar esse
trabalho", acrescentou.
Por seu lado, o patrão da Deceuninck-QuickStep já apelidou de "uma
treta" a decisão, queixando-se de não ser já a primeira vez que a equipa é
prejudicada pelos juízes, defendendo o irlandês, que na sua leitura procurava
proteger-se do avanço de Liepins.
Os 157,7 quilómetros entre Castrillo del Val e Aguilar de Campoo foram
cumpridos em 3:39.55 horas, com Bennett a bater, inicialmente, sobre a meta o
alemão e o belga Gerben Thijssen (Lotto Soudal), terceiro.
A decisão deixou Thijssen em segundo e o alemão Max Kanter (Sunweb) em
terceiro, num dia em que a geral não teve alterações na frente: o equatoriano
Richard Carapaz (INEOS) segue líder, com 13 segundos para o esloveno Primoz
Roglic (Jumbo-Visma), segundo, e 28 para o irlandês Dan Martin (Israel Start-Up
Nation), terceiro.
Sem pontos de montanha em disputa, a fuga resumiu-se a um esforço de pouco
mais de 100 quilómetros e foi apanhada a 21,5 quilómetros da meta, tendo
incluído o colombiano Juan Felipe Osorio (Burgos-BH), que em 2019 correu pela
Oliveirense.
Sem grandes motivos de interesse até ao 'sprint' final, ainda houve tempo
para um 'susto' para Roglic, vencedor em 2019, com um furo a 13 quilómetros da
meta, mas sem consequências para o esloveno, que chegou integrado no pelotão.
Rui Oliveira (UAE Emirates) lançou o belga Jasper Philipsen para o quinto
lugar na etapa, tendo cortado a meta em 35.º, e todos os restantes portugueses
chegaram integrados no pelotão, à exceção do seu colega de equipa Rui Costa,
que chegou a 1.50 minutos do vencedor.
Costa caiu para 37.º na geral, enquanto Nelson Oliveira (Movistar) é 51.º,
Ricardo Vilela (Burgos-BH) 93.º e Ivo Oliveira (UAE Emirates) 117.º. Rui
Oliveira segue em 141.º.
Na sexta-feira, a 10.ª
de 18 etapas liga Castro Urdiales a Suances ao cabo de 185 quilómetros, com
apenas uma montanha classificada, o Alto de São Cipriano, de terceira
categoria.
Fonte: Sapo on-line
Sem comentários:
Enviar um comentário