segunda-feira, 28 de setembro de 2020

“Volta a Portugal/Senhora da Graça para começar a definir a geral”


Senhora da Graça. Se há subida mítica na Volta a Portugal é esta, claro que a par da Serra da Estrela. Mas sempre houve algo de especial no Monte Farinha e os ciclistas sentem isso. Este ano pode surgir um pouco mais cedo na Volta a Portugal. Bastante cedo, logo ao terceiro dia. Poderá não ser decisiva, mas tem o potencial para quem tive um mau dia, perder tempo difícil de recuperar. Seja um candidato à geral ou não, todos querem ali ganhar, o que poderá fazer da segunda etapa da Volta um dia muito animado.

Os cerca de oito quilómetros finais, com percentagens máximas quase nos 10% e mínimas de seis, são “apenas” o culminar de uma etapa muito complicada e que deixará os ciclistas já algo desgastados quando chegarem a Mondim de Basto e olharem lá bem para cima, com o santuário a parecer tão longe.

Paredes, local que recentemente recebeu os Nacionais de ciclismo, será o palco da partida para os 167 quilómetros. Pouco depois, Rebordosa apresentará uma subida de quarta categoria. Mas será só para aquecer. A Serra do Marão e o Barreiro, são duas de primeira, tal como a Senhora da Graça. Pelo meio, mais uma quarta, no Velão. No Barreiro surge ainda o piso em empedrado, poucos metros logo no início de uma autêntica rampa. Felizmente, a meteorologia será simpática.

A etapa desta terça-feira será a primeira oportunidade para definir um pouco melhor a geral. Gustavo Veloso terá um teste à liderança, ele que ali venceu em 2016, na primeira de quatro vitórias consecutivas da W52-FC Porto: Raúl Alarcón ganhou em 2017 e 2018 e António Carvalho no ano passado. Este último mudou-se para a Efapel, onde Joni Brandão tem sete segundos para recuperar, o tempo perdido no prólogo de Fafe. Mas Carvalho está também apenas a seis. São duas equipas que nesta etapa da alta montanha vão querer começar a impor-se.

E a Efapel também tem boas recordações da Senhora da Graça. Em 2015, Filipe Cardoso – que se retirou no final de 2019 – alcançou um dos melhores momentos da carreira ao fugir e conseguir chegar à meta antes de ser alcançado. Atrás de si vinha Joni Brandão, que, como bom colega de equipa, não lhe tirou a vitória. A sua luta era pela geral.

Regressando a 2020, Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano) está a 12 segundos de uma liderança que há muito sonha, com Frederico Figueiredo (Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel a ver-se em terreno que gosta mais, depois de ter perdido 23 segundos no prólogo.

Porém, se há algo de bom na Senhora da Graça, numa perspetiva de quem assiste, é que ser candidato não garante nada. As surpresas acontecem e são muitos os ciclistas que podem intrometer-se na luta pela vitória de etapa, principalmente em equipas que estão na Volta com esses objetivos e não a geral.

E Hernâni Brôco pode tentar levar um dos seus ciclistas da LA Alumínios-LA Sport à vitória. Afinal, sabe bem como é ganhar na Senhora da Graça.

O pelotão parte às 12h30 do Parque da Cidade de Paredes, com chegada prevista à Senhora da Graça entre as 17h25 e 17h45.

 

Vencedores na Senhora da Graça:

1978 – João Costa (Campinense)

1979 – Marco Chagas (Lousa-Trinaranjus)

1980 – Neutralizada

1981 – Benjamim Carvalho (Coimbrões-Fagor)

1983 – Venceslau Fernandes (Rodovil-Ajacto)

1984 – Manuel Cunha (Ovarense-Herculano)

1985 – Marco Chagas (Sporting-Raposeira)

1986 – Carlos Moreira (Sangalhos-Recer)

1987 – Manuel Vilar (Boavista-Sportlis)

1988 – Carlos Moreira (Boavista-Sarcol)

1989 – Santiago Portillo, Esp (Lótus-Zahor)

1990 – Joaquim Gomes (Sicasal-Acral)

1991 – Jorge Silva (Sicasal-Acral)

1992 – Cássio Freitas, Bra (Recer-Boavista)

1993 – Quintino Rodrigues (Imporbor-Feirense)

1994 – Felice Puttini, Sui (Brescialat)

1995 – António Correia (Janotas & Simões)

1996 – Massimiliano Lelli, Ita (Saeco-Levira)

1997 – Zenon Jaskula, Pol (Mapei)

1998 – Jose Luis Rebollo, Esp (Recer-Boavista)

1999 – Michele Laddomada, Ita (LA-Pecol)

2000 – Claus Moller, Din (Maia-MSS)

2001 – Jose Luis Rebollo, Esp (Festina)

2002 – Joan Horrach, Esp (Milaneza-MSS)

2003 – Pedro Arreitunandia, Esp (Carvalhelhos-Boavista)

2004 – David Arroyo, Esp (LA-Pecol)

2005 – Adolfo Garcia Quesada, Esp (Comunitat Valenciana)

2006 – João Cabreira (Maia-Milaneza)

2007 – Eladio Jimenez, Esp (Karpin-Galicia)

2008 – Juan Cobo Acebo, Esp (Scott-American Beef)

2009 – André Cardoso, Por (Palmeiras Resort-Prio)

2010 – David Blanco, Esp (Palmeiras Resort-Prio)

2011 – Hernâni Broco, Por (LA-Antarte)

2012 – Rui Sousa, Por (Efapel-Glassdrive)

2013 – Sergio Pardilla, Esp (MTN-Qhubeka)

2014 – Edgar Pinto, Por (LA-Antarte)

2015 – Filipe Cardoso, Por (Efapel)

2016 – Gustavo Veloso, Esp (W52-FC Porto)

2017 – Raúl Alarcón, Esp (W52-FC Porto)

2018 – Raúl Alarcón, Esp (W52-FC Porto)

2019 – Antóno Carvalho (W52-FC Porto)

Fonte: Federação Portuguesa Cclismo

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