Por: Nacho Labarga
Tadej Pogacar conseguiu
levantar seu primeiro Tour de France após um retorno memorável. "O dia do
Le Planche foi ótimo para a equipe. Sabíamos que cortar essa diferença era
muito complicado, mas Tadej provou ser capaz de qualquer coisa. Foi incrível o
que ele fez. Estamos super felizes! Em um nível pessoal, eu pensei que tinha
feito um bom tempo ... até que eu vi que eu tinha chegado em 2:40!", disse
De la Cruz nas redes sociais, o único ciclista espanhol na equipe dos Emirados
Árabes Unidos.
A pintura emirati assinou para
acompanhar o líder como ele fez nesta edição, mesmo tendo que se recuperar na
hora de um problema no sacro. "Foi uma turnê difícil, mas acabei feliz
pelo triunfo de Pogacar. Desde o início sabíamos que eu poderia alcançá-lo,
apesar de ser um debutante estamos falando de um cenário incrível", diz
Catalão. Mas o que está mais feliz está dentro dos Emirados Árabes Unidos,
quase ainda mais do que o próprio vencedor, é Joxean Fernández Matxín. "Eu
não acho que há duas pessoas mais felizes no mundo agora do que nós dois. Nós
realmente gostamos da última etapa em Paris.
Quero agradecer aos fãs pelo
amor e pelo fato de estarem sempre lá. As mensagens de encorajamento que chegam
até nós após as etapas tornam-no mais suportável para nós", diz o diretor
espanhol, que agora comemora uma de suas maiores conquistas após uma vida de
ciclismo. "Quando criamos esse projeto sabíamos que tínhamos que ir passo
a passo, mas fizemos tudo sabendo que esse passo poderia vir. Fomos sem pressa,
mas tomando medidas sérias. Não queríamos pressionar Tadej, mas ele mostrou que
tem uma qualidade muito grande e que é capaz do melhor graças à sua bravura.
Esse fator o torna superior", explica o chefe, que já quis contratá-lo
desde que o viu quando era muito jovem.
"Eu o conheci no primeiro
primeiro ano e depois o vi novamente quando ele tinha 18 anos. Eu queria
contratá-lo para o QuickStep,que era onde eu estava trabalhando como
relojoeiro, mas eu não podia levá-lo e então nós concordamos com os Emirados
Árabes Unidos. Na época, eles tomaram uma abordagem de Lampre (ex-Emirados
Árabes Unidos) e concordaram em descartar grandes ofertas de outras equipes. É
uma sorte termos concordado neste momento muito especial", disse ele.
SUBSTITUTO
DA ARU
O grande líder da equipe, por
status e palmeiras, era para ser Fabio Aru. Mas o esloveno já deu a surpresa em
LaVuelta e agora ele confirmou esse grande nível em um Tour que o conquistou em
grande estilo, tornando-se o terceiro mais jovem a levar o amarelo. "De
Tadej podemos sempre esperar pelo melhor. Meu verdadeiro objetivo no início
desta corrida era ajudá-lo, mas eu tive que me aposentar. Desculpe não poder
ajudá-lo, mas a equipe tem desempenhado um grande papel. Ele é um cara humilde,
com muita qualidade, vai fazer história no ciclismo", disse Aru.
NO MESMO
CAMINHO
De dentro da equipe, todos se
destacam por sua humanidade, bom humor e humildade. Ninguém acha que esse
triunfo vai mudar sua personalidade. "Quero ficar igual: ser humilde,
treinar muito, ir para as corridas com a mesma mentalidade e manter o bom
trabalho que minha equipe está fazendo. Preciso agradecer à minha família e à
minha namorada por todo o apoio que levo ao longo do caminho", diz
Pogacar, que quer muito mais duelos como este Tour com seu compatriota Roglic.
"Eu tenho muito respeito
por ele. Eu sei que você está decepcionado, mas teremos muitas grandes batalhas
no futuro", disse ele depois de lhe dar vários abraços durante a última
etapa. O fenômeno Pogacar apenas começou. E, aparentemente, ele está no melhor
time para desenvolvê-lo.
Fonte: Marca
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